Alexandre Corrêa quer ir à empresa enquanto Ana Hickmann estiver na TV
Acusado de agressão e fraudes nos negócios do casal, Alexandre Corrêa pediu revogação parcial de medida protetitva de Ana Hickmann
atualizado
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São Paulo – O empresário Alexandre Corrêa, de 52 anos, pediu à Justiça que revogue parcialmente a medida protetiva concedida à apresentadora Ana Hickmann, 42, e o autorize a frequentar a sede da empresa do casal, na Lapa, na zona oeste da capital paulista, ao menos nos horários em que ela está na TV.
No pedido, feito pelos advogados do empresário na noite de segunda-feira (27/11) e obtido pelo Metrópoles, Alexandre Corrêa afirma que Ana Hickmann estaria impedindo o seu “direito constitucional do livre exercício de profissão”.
O empresário alega que é casado há mais de 26 anos com a apresentadora, em regime parcial de bens, e tem propriedade de 50% da Hickmann Serviços Ltda, a empresa do casal. “Não há como gerir fielmente as empresas comuns do casal exclusivamente à distância”, diz o documento.
Caso a Justiça negue o acesso integral à empresa, a defesa do empresário solicita, ainda, que a Justiça dê autorização para que ele frequente o lugar de segunda à sexta, das 8h às 15h – o horário em que Ana Hickmann está trabalhando na Record. Na emissora, ela apresenta o programa Hoje em Dia, ao vivo, das 8h às 13h.
Medida protetiva
Ana Hickmann acusa Alexandre Corrêa de agressão na frente do filho de 10 anos, praticada na mansão do casal em Itu, no interior paulista, no dia 11 de novembro. Ao prestar a primeira queixa na Polícia Civil, a apresentadora inicialmente optou por não pedir medida protetiva contra o marido.
Na semana passada, ela alegou ter sentido “vergonha”, voltou atrás e decidiu representar contra o empresário. No documento, a apresentadora afirma ter descoberto que Alexandre Corrêa fez “negócios jurídicos espúrios”, “sem seu conhecimento ou autorização”, que envolveria “vultosos recursos”. O Metrópoles mostrou que o casal acumula mais de R$ 14,6 milhões de dívidas.
Ana Hickmann também alega, no pedido, que o marido estaria “tentando contato constante para ser informado sobre a evolução das apurações das ilegalidades”, “tendo até mesmo acessado o condomínio em que ela mora e rondado a empresa em que trabalha”. Segundo afirma no documento, ele é “uma pessoa destemperada” e “frequentemente anda armado”.
Com prazo de seis meses, a medida protetiva foi concedida na última quarta-feira (22/11) pela juíza Andrea Ribeiro Borges, da 1ª Vara Criminal e de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, do Foro de Itu, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Pela decisão, o empresário está proibido de chegar perto da vítima e de familiares, devendo manter distância mínima de 500 metros. Também não pode Alexandre Corrêa frequentar a empresa, a mansão do casal em Itu, no interior paulista, ou outros endereços ligados a Ana Hickmann.
A Polícia Civil também chegou a cumprir um mandado de busca e apreensão na casa de Alexandre Corrêa. Nenhuma arma de fogo, no entanto, foi encontrada.
“Desentendimento conjugal”
Ao tentar revogar parte da decisão, Alexandre Corrêa alega inocência, chama o episódio de agressão de “desentendimento conjugal” e diz que tem sido vítima de “especulações genéricas e infundadas, desprovidas de provas, acerca de sua idoneidade na condução dos negócios do casal”.
“Após contratar advogado particular nos dez dias subsequentes ao ocorrido, a suposta vítima, em contrariedade com seu depoimento anterior, muda a tônica do seu discurso, imputa novos fatos criminosos ao requerente e requer a concessão das medidas protetivas em seu desfavor”, diz o pedido.
Para Alexandre Corrêa, o fato de a polícia não ter encontrado armas na sua casa seria uma demonstração de que ele não oferece riscos a Ana Hickmann.
“Resta evidente que a vítima, por motivos escusos, está, doravante, em realidade, tentando coibir o lídimo direito de o requerente continuar a gerir as empresas comuns do casal”, afirma.