Alesp votará adesão de governo de SP ao polêmico consórcio Sul-Sudeste
Após defesa pública do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, consórcio Sul-Sudeste terá adesão paulista discutida na Alesp
atualizado
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São Paulo – A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) votará, nessa semana, a adesão do governo paulista ao Consórcio de Integração dos Estados do Sul e Sudeste (Cosud), alvo de polêmica na última semana após ter sua agenda defendida publicamente pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Enviado ao fim de junho pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) à Alesp, o projeto de lei que ratifica a adesão paulista ao consórcio ainda não foi avaliado pela Casa por causa do recesso legislativo.
O texto foi acrescentado à pauta desta terça-feira, 15/8, do colégio de líderes da Alesp, que reúne as lideranças das bancadas da Assembleia para discutir os projetos que serão tratados durante a semana.
A expectativa dos deputados é que um congresso de comissões seja formado para avaliar o projeto e que ele já seja encaminhado ao plenário para votação na própria terça-feira.
O congresso de comissões é uma forma regimental de acelerar a votação de projetos urgentes, já que todas as propostas precisam ser aprovadas pelas comissões antes de ir para votação em plenário.
O consórcio
O consórcio, embora esteja em processo de formalização, existe desde 2019 e reúne os governos do Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
A ideia é promover encontros entre os governadores a cada 90 dias para discutir o desenvolvimento das regiões. O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), foi escolhido para ser o primeiro coordenador do Cosud, a partir de 1º de janeiro de 2024.
Com a formalização do consórcio, a coordenação será revezada entre os governadores a cada 12 meses.
Após o governador mineiro, Romeu Zema, ter defendido a união dos estados do Sul e do Sudeste para barrar, no Congresso Nacional, eventuais perdas financeiras nas regiões, governadores do Nordeste divulgaram uma nota pedindo o fim de supostas “narrativas segregadoras”.