Alesp: deputados pedem para fechar galeria do plenário após pancadaria
Votação da privatização da Sabesp no plenário da Alesp teve confronto entre manifestantes e a polícia, pancadaria e bombas de gás
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Após a pancadaria que ocorreu durante a votação do projeto de privatização da Sabesp na Assembleia Legislativa (Alesp), deputados da base do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) protocolaram um requerimento, nesta quinta-feira (7/12), para fechar a galeria do plenário para o público externo até o fim do ano.
O documento, obtido pelo Metrópoles, tem a assinatura de 30 dos 94 deputados estaduais. A iniciativa foi do deputado Danilo Balas (PL), que alega ser necessário vetar a presença do público externo no plenário para garantir o “encerramento pacífico das atividades deste ano”.
No texto, o parlamentar argumenta que a Alesp ainda pretende votar, até o dia 20 de dezembro, propostas como a reforma administrativa – projeto de lei enviado por Tarcísio – e o Orçamento para o próximo ano.
“É imprescindível garantir a segurança e a tranquilidade necessárias para a realização dos trabalhos legislativos”, afirma o deputado.
Na noite dessa quarta (6/12), um grupo de manifestantes contrários à privatização da Sabesp, que era votada na Alesp, tentou quebrar o vidro que separava a galeria da área reservada aos deputados.
Deu-se início a um confronto entre os manifestantes e a polícia, que revidou com cassetetes, spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Quatro pessoas foram detidas e retiradas algemadas do local.
Imagens de pessoas sangrando circularam pelas redes sociais, mas a Polícia Civil investiga se houve uso de sangue falso em meio à confusão.
Nesta quinta, a galeria do plenário ficou fechada para manutenção e conserto de bens avariados.
“Vivemos momentos de terror”, disse Danilo Balas em nota. “Esperamos a aprovação deste requerimento, pois será um passo crucial para a preservação e a integridade física dos funcionários da Alesp e terceirizados, população civil, deputados, profissionais da imprensa, policias civis e militares presentes durante as próximas votações”, acrescentou.