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Alesp chama “Coronel do DER” para explicar obras emergenciais do PSDB

Comissão de Transportes da Alesp deve ouvir nesta quarta-feira (14/6) o superintendente do DER, Sergio Codelo, sobre contratos emergenciais

atualizado

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Divulgação/DER
Sergio Codelo DER
1 de 1 Sergio Codelo DER - Foto: Divulgação/DER

São Paulo — A Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) chamou o superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para explicar o andamento de uma série de contratos emergenciais (sem licitação) feitos nas gestões dos ex-governadores tucanos Rodrigo Garcia e João Doria.

Sergio Codelo deve comparecer nesta quarta-feira (14/6) à comissão da Alesp após requerimento feito pelo deputado estadual Ênio Tatto (PT). Chamado de “Coronel do DER”, Codelo fez carreira no Exército e foi superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em São Paulo, quando Tarcísio era o ministro da Infraestrutura do governo de Jair Bolsonaro (PL).

O governador decidiu colocar um militar de sua confiança no comando do DER em meio a uma série de suspeitas envolvendo os contratos emergenciais feitos pelo órgão responsável por obras rodoviárias no governo do PSDB. Na gestão tucana, o DER foi loteado ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União).

No ano passado, o Metrópoles revelou que o governo de Rodrigo Garcia pagou R$ 95 milhões em contratos sem licitação a uma empreiteira aberta em 2020 por um indicado do vereador na prefeitura da capital paulista. Os contratos com a Rep Engenharia e Serviços, para obras emergenciais em estradas, começaram a ser assinados pelo DER apenas nove meses depois que a empresa foi aberta. Até 2022, a empreiteira já havia celebrado 18 contratos sem licitação.

O Metrópoles também mostrou que outras três empreiteiras abertas em 2020 por uma mesma família também fecharam R$ 114 milhões em contratos emergenciais com o DER durante o período de influência de Milton Leite no órgão. O caso é investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). No ano passado, o empresário Ernaldo Caetano do Nascimento, dono de uma delas, doou R$ 100 mil para o partido de Leite. O vereador nega ter qualquer relação com os contratos emergenciais do DER.

Na Alesp, o deputado Ênio Tatto disse que vai questionar o atual superintendente do DER a respeito do andamento dos contratos emergenciais da gestão tucana e sobre obras contratadas que nunca saíram do papel, como a dpublicação da Estrada do M’Boi Mirim, na zona sul da capital paulista, reduto eleitoral dele e do presidente da Câmara.

“Temos muita coisa para esclarecer com o superintendente do DER. Só de contratos emergenciais foram mais de 200. A obra da M’Boi, anunciaram o início dela na campanha eleitoral e até agora nada”, disse Ênio Tatto. Ele afirma que tentou convocar na comissão o chefe do DER na gestão do PSDB, mas que o deputado Milton Leite Filho (União), filho do presidente da Câmara, conseguiu obstruir a iniciativa.

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