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Defesa Civil emite alerta para tempestades com raios e granizo em SP

Alerta é valido entre esta quarta-feira (29/1) e o domingo (2/2). O gabinete de crise permanecerá ativo presencialmente até domingo

atualizado

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Enorme nuvem cinza cobre céu; um raio duplo é visto ao fundo da imagem - Metrópoles
1 de 1 Enorme nuvem cinza cobre céu; um raio duplo é visto ao fundo da imagem - Metrópoles - Foto: Cesar Sacheto/Metrópoles

São Paulo — A Defesa Civil do Estado emitiu um alerta de tempestades de intensidade moderada a alta que podem afetar todo o estado de São Paulo entre esta quarta-feira (29/1) e domingo (2/2). Os temporais podem vir seguidos por raios, vento e granizo.

O alerta tem destaque para as regiões da capital e região metropolitana de São Paulo, Sorocaba, Campinas, Vale do Paraíba, e todo o litoral paulista, principalmente o litoral norte. Algumas dessas regiões já registraram elevados acumulados de chuva nos últimos dias, e com o solo encharcado e a previsão de mais chuvas, há risco para deslizamentos e alagamentos.

Considerando a previsão de continuidade das chuvas no estado durante esta semana, o gabinete de crise permanecerá ativo de forma presencial até domingo.

A corporação cita como justificativa para a previsão a aproximação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que começa atuar no estado de São Paulo, a partir desta quarta. O fenômeno meteorológico, caracterizado por chuvas persistentes e volumosas, tem elevado os riscos de alagamentos, enchentes e deslizamentos de terra em diversas regiões do estado.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a ZCAS mantém a formação de nuvens carregadas, com previsão de acumulados significativos de chuva nos próximos dias.

A Defesa Civil reforça a necessidade de que a população adote medidas de segurança e fique atenta a sinais de instabilidade em áreas de risco. Entre as principais orientações estão:

  • Evitar transitar por locais alagados;
  • Monitorar encostas e terrenos que possam apresentar movimentação de solo;
  • Manter bueiros e calhas desobstruídos para reduzir os riscos de enchentes;
  • Buscar locais seguros em caso de emergências ou alertas específicos.

Previsão para esta quarta (29/1)

Esta quarta-feira começou com chuva fraca em pontos isolados da faixa leste paulista e a da regional de Campinas. A manhã segue com tempo nublado na faixa leste e chuva fraca isolada. A partir do começo da tarde, as instabilidades aumentam nas metades leste e sul do Estado devido à influência de uma frente fria estacionária.

Nas áreas citadas, há condição para pancadas de chuva isoladas, que podem ter moderada/forte intensidade e vir acompanhadas por raios e rajadas de vento moderadas. Os acumulados previstos são moderados na faixa leste e também na região de Campinas e Sorocaba.

Já no centro-oeste e norte do estado o tempo também fica instável, mas a chance de chuva forte e/ou temporais é menor que nas demais áreas. À noite, a chuva perde força gradativamente em todas as regionais, mas ainda ocorre de forma intermitente na faixa leste e também no norte do estado.

Temporal da semana passada

A cidade foi castigada por alagamentos, desabamentos, desespero e falta de energia na sexta-feira (24/1). Na Vila Madalena, foi registrada a única morte contabilizada pela Defesa Civil que foi provocada pela tempestade na cidade. O artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, 73 anos, ficou preso em casa e morreu afogado durante o temporal na Rua Belmiro Braga, perto do Beco do Batman. O corpo dele foi encontrado somente no sábado, nos fundos da casa onde vivia.

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Rastro de destruição após tempestade em São Paulo
Destruição provocada pela chuva na região de Pinheiros, na zona oeste de SP
Rastro de destruição após tempestade em São Paulo
Rastro de destruição após tempestade em São Paulo
Destruição provocada pela chuva na região de Pinheiros, na zona oeste de SP

Ainda no bairro, a cena mais impactante foi registrada na Rua Romeu Perrotti, onde a enxurrada provocada pela chuva derrubou o muro de um prédio, arrastou carros e atingiu pelo menos dez casas.

Com a força da água, um dos carros quebrou o portão da garagem e invadiu a janela de uma casa. A sequência dos acontecimentos foi registrada por uma câmera de segurança (assista abaixo).

Esse foi o terceiro maior volume de chuva dos últimos 64 anos, segundo dados da estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Mirante de Santana, na zona norte da capital. Ou seja, o temporal é o terceiro maior desde o início da série histórica, em 1961.

A Defesa Civil do Estado ainda ressalta que, dos 125,4 mm registrados na sexta, o acumulado de 82 mm entre 15h e 16h foi o maior volume computado em apenas 1 hora desde 25 de julho de 2006.

Para estabelecer ainda mais um recorde, num intervalo de três horas, choveu quase metade do previsto para todo o mês de janeiro. Dos 257,3 mm de chuva esperados para o mês, 125 mm (48,5%) foram registrados na última sexta.

Segundo os bombeiros, foram 126 chamados de árvores caídas, 219 referentes a enchentes, inundações e alagamentos, outros 14 chamados sobre desmoronamentos, desabamentos e soterramentos.

Na zona norte, na estação Jardim São Paulo, da Linha 1-Azul do metrô, os passageiros foram obrigados a se sentar sobre os corrimões para não serem levados pela enxurrada, que inundou por completo o local. Também houve registro de alagamento na Linha 7-Rubi da CPTM.

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