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Além da ficção: o que se sabe sobre a vida do “Maníaco do Parque”

Francisco de Assis Pereira, o “Maníaco do Parque”, segue preso no interior de SP. Crimes voltaram à tona após filme sobre sua história

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maniaco do parque
1 de 1 maniaco do parque - Foto: Reprodução Band

São Paulo — Passados 26 anos de sua prisão, Francisco de Assis Pereira, o homem que ficou conhecido como o “Maníaco do Parque”, voltou aos assuntos mais comentados devido à repercussão do filme da Prime Video que retrata os crimes cometidos pelo motoboy, em São Paulo.

A história dele, atualmente com 56 anos, até reacendeu o debate sobre o sistema penal brasileiro. Condenado a mais de 260 anos de prisão por matar e estuprar ao menos sete mulheres — ele confessou 11 assassinatos e 23 ataques —, Francisco pode ganhar a liberdade em 2028, uma vez que a legislação brasileira não permite que o tempo de encarceramento ultrapasse 30 anos.

O motoboy Francisco de Assis Pereira (c) é julgado pelos crimes atribuídos ao "Maníaco do Parque". Pereira foi condenado à 121 anos de prisão, por estuprar e assassinar cinco mulheres, pelo júri popular.
Retrato da ficha policial do motoboy Francisco de Assis Pereira, modificado para que as vítimas que escaparam pudessem reconhecê-lo mais facilmente. Em 2002, Pereira foi condenado à 121 anos de prisão pelo júri popular por estuprar e assassinar cinco mulheres
O motoboy Francisco de Assis Pereira, o "Maníaco do Parque", é transferido do DHPP, Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil, para a Casa de Custódia de Taubaté. Em 2002, Pereira foi condenado à 121 anos de prisão, por estuprar e assassinar cinco mulheres, pelo júri popular.
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Livro apresenta laudos de que Maníaco do Parque queria ser uma mulher

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O motoboy Francisco de Assis Pereira (c) é julgado pelos crimes atribuídos ao "Maníaco do Parque". Pereira foi condenado à 121 anos de prisão, por estuprar e assassinar cinco mulheres, pelo júri popular.

TIAGO QUEIROZ/AE
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Retrato da ficha policial do motoboy Francisco de Assis Pereira, modificado para que as vítimas que escaparam pudessem reconhecê-lo mais facilmente. Em 2002, Pereira foi condenado à 121 anos de prisão pelo júri popular por estuprar e assassinar cinco mulheres

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O motoboy Francisco de Assis Pereira, o "Maníaco do Parque", é transferido do DHPP, Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil, para a Casa de Custódia de Taubaté. Em 2002, Pereira foi condenado à 121 anos de prisão, por estuprar e assassinar cinco mulheres, pelo júri popular.

ROBSON FERNANDES/AE

Quem era Francisco de Assis Pereira?

Natural de Guaraci, no interior paulista, Francisco trabalhava como motoboy na capital. Ele também era atleta e participava de campeonatos de patinação, assim como é mostrado no filme.

Para cometer os crimes, Francisco se apresentava como caça-talentos e oferecia ensaios fotográficos remunerados às mulheres, prometendo a chance de se tornarem modelos de sucesso. Com esse pretexto, ele conseguia levá-las até o Parque do Estado, na zona sul de São Paulo, onde as atacava.

Em julho de 1998, em um intervalo de dois dias, foram encontrados, no interior do parque, quatro corpos de mulheres, despidos e de bruços, com sinais de abusos sexuais e estrangulamento. A investigação da polícia os relacionou com outros cadáveres localizados na área, meses antes, com características semelhantes.

Após ouvir depoimentos de mulheres que sobreviveram aos ataques de Francisco, a polícia elaborou um retrato falado do criminoso e divulgou para a imprensa. A circulação da imagem fez com que o motoboy se demitisse da empresa onde trabalhava e fugisse da cidade.

6 imagens
Capa da biografia de Francisco de Assis - Maníaco do Parque
Silvero Pereira caracterizado como Francisco de Assis, para o filme Maníaco do Parque: A História Não Contada, da Prime Video
Silvero Pereira caracterizado como Francisco de Assis, para o filme Maníaco do Parque: A História Não Contada, da Prime Video
Silvero Pereira caracterizado como Francisco de Assis, para o filme Maníaco do Parque: A História Não Contada, da Prime Video
Que age como uma crítica pela forma como a mídia tratou as vítimas
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Silvero Pereira caracterizado como Francisco de Assis, para o filme Maníaco do Parque: A História Não Contada, da Prime Video

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Silvero Pereira caracterizado como Francisco de Assis, para o filme Maníaco do Parque: A História Não Contada, da Prime Video

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Silvero Pereira caracterizado como Francisco de Assis, para o filme Maníaco do Parque: A História Não Contada, da Prime Video

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Que age como uma crítica pela forma como a mídia tratou as vítimas

Daniel Chiaco

Na empresa, os investigadores encontraram a carteira e a identidade de uma das vítimas encontradas mortas no parque.

A prisão

Mais de três semanas após a criação do retrato, Francisco foi localizado e preso em Itaqui, no Rio Grande do Sul, perto da fronteira com a Argentina. Ele foi denunciado por um pescador que mantinha uma pensão familiar onde o criminoso buscou se hospedar.

Francisco foi transferido para a Casa de Custódia de Taubaté, no interior de São Paulo, no dia 14 de agosto. Quando saiu do prédio, escoltado por policiais, uma multidão com mais de 200 pessoas tentou avançar sobre o criminoso, aos gritos de “assassino”, “lincha” e “vai morrer”.

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