Aldo Rebelo vira ativo de Nunes contra pecha de bolsonarista
Aliados de Nunes enxergam Aldo Rebelo, alinhado à esquerda, como um apoiador que reforça a ideia de frente democrática em torno do prefeito
atualizado
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São Paulo – A chegada de Aldo Rebelo (PDT) na gestão Ricardo Nunes (MDB), anunciada nesta quinta-feira (18/1), é vista pelo entorno do prefeito paulistano como um contraponto às críticas que ele tem recebido por negociar o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua reeleição.
Para aliados do prefeito, o apoio de Rebelo reforça a ideia de que Nunes mantém um arco democrático de alianças. O prefeito tem tentado vincular ao seu maior adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP), a imagem de radical da “extrema esquerda”.
Além de pertencer ao PDT, que já declarou apoio à campanha de Boulos, Rebelo foi filiado ao PCdoB por 40 anos e possui um histórico de cargos em governos petistas – ele foi ministro do Esporte no governo Lula (2011-2014) e da Defesa no governo Dilma Rousseff (2015-2016).
“A chegada do Aldo confirma que a frente democrática em defesa da cidade está com o Ricardo Nunes. Diferentemente do nosso adversário, que tem três partidos de esquerda e extrema-esquerda em seu apoio, Nunes tem apoio de doze partidos de diferentes tendências”, diz ao Metrópoles o presidente nacional do MDB, o deputado federal Baleia Rossi, um dos coordenadores da pré-campanha de Nunes.
Rebelo aceitou substituir Marta Suplicy na Secretaria de Relações Internacionais após a ex-prefeita aceitar um convite para retornar ao PT e entrar como vice de Boulos.
Marta alegou que sua entrada na chapa se deu pela composição de nova frente ampla contra o avanço do bolsonarismo em São Paulo e que não condizia com seu histórico político estar no mesmo palanque que Bolsonaro.
No entanto, Nunes disse que a justificativa “não colava” porque Marta integrou o conselho político durante todo o ano de 2023 e acompanhou, de perto, as orientações para que o prefeito se aproximasse do ex-presidente.