Alagamento em SP: muro é derrubado na rua em que idosa morreu
Prefeitura informou que muro construído de forma irregular há 16 anos foi derrubado pelo próprio condomínio após tragédia em enchente
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O muro construído no local em que uma idosa de 88 morreu, após seu carro ficar submerso num alagamento em Moema, na zona sul de São Paulo, foi derrubado pelo condomínio responsável pela obra.
O muro ficava ao lado de um condomínio de alto padrão entre as ruas Gaivota e Canário e foi construído de forma irregular há 16 anos, segundo a Prefeitura de São Paulo. Dias depois da morte da aposentada Nayde Capellano, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que acionaria a Justiça para que a estrutura fosse derrubada.
“É inaceitável que um condomínio faça um muro daquele de forma irregular e irresponsável. Muito possivelmente se aquele muro não estivesse ali não teríamos o que aconteceu”, disse o prefeito, no dia 10 de março.
De acordo com a subprefeitura de Vila Mariana, responsável pela zeladoria na região, o muro foi derrubado pelo próprio condomínio nessa segunda-feira (20/3).
Moradores da região dizem, no entanto, que outros muros também deveriam ser retirados para possibilitar a vazão da água e evitar novos alagamentos.
Há anos moradores da região reclamavam do muro construído pelo condomínio de alto padrão. De acordo com um inquérito civil do MP obtido pelo Metrópoles, desde 2018 a Procuradoria cobra ações da subprefeitura da Vila Mariana, responsável pela área.
O documento também observa que um processo administrativo foi instaurado contra o mesmo condomínio, em 2009, por causa da construção do muro.
Vídeos mostram o carro de Nayde sendo arrastado: