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Agressão: Da Cunha diz que ex luta muay thai e alega legítima defesa

Deputado Delegado Da Cunha foi denunciado por dano, ameaça e lesão corporal decorrente de violência doméstica em São Paulo

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Imagem colorida de Betina e do Delegado Da Cunha. Ela é uma mulher branca, de cabelos longos, e passa o braço esquerdo sobre o ombro dele. Ele é um homem negro, careca e de barba - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Betina e do Delegado Da Cunha. Ela é uma mulher branca, de cabelos longos, e passa o braço esquerdo sobre o ombro dele. Ele é um homem negro, careca e de barba - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo – Acusado de espancar a própria mulher, o deputado federal Delegado da Cunha (PP-SP) alega que a vítima é lutadora profissional de muay thai, teria o provocado e que ele agiu “com o fim de se proteger”.

A versão do Delegado Da Cunha foi apresentada em depoimento para a Polícia Civil, obtido pelo Metrópoles, e rejeitada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). Nesta semana, a Promotoria denunciou o deputado federal pelos crimes de dano, ameaça e lesão corporal decorrente de violência doméstica.

O caso aconteceu no apartamento do casal em Santos, no litoral paulista, na noite de 14 de outubro. A nutricionista Betina Raísa Grusiecki Marques, de 28 anos, relata ter sido ameaçada de morte e acusa Da Cunha de bater a cabeça dela na parede até desmaiar.

Como o denunciado é deputado federal, os autos foram remetidos ao Supremo Tribunal Federal (STF). No processo, ele alega inocência e diz ter sido vítima de agressões por parte de Betina. O casal estava junto há três anos.

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Betina acusa delegado Da Cunha de espancá-la no seu apartamento em Santos
Imagens de objetos danificados foram apresentadas à Justiça de SP
Delegado Da Cunha responde por crime de dano
Sucesso no YouTube, delegado Da Cunha têm mais de 3 milhões de seguidores
O deputado federal Delegado da Cunha em vídeo publicado na internet
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Betina acusa delegado Da Cunha de espancá-la no seu apartamento em Santos

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Delegado Da Cunha responde por crime de dano

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Da Cunha alega que há ciúme em relação ao seu sucesso na corporação

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Delegado já foi afastado das ruas por ter chamado policiais de "ratos"

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Carlos Alberto da Cunha tem de 43 anos,

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Deputado Delegado Da Cunha

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Depoimento

Na delegacia, Da Cunha relatou que viajou com Betina para Santos para o feriado de 12 de outubro. No dia 14, aniversário do deputado, o casal passou o dia em um clube e depois voltou para casa.

“Quando retornaram para o apartamento, Betina entrou de modo enfurecido na suíte do casal, e bateu a porta”, diz trecho do depoimento do deputado. Em seguida, ela teria começado a “provocá-lo, dizendo de forma desafiadora: “Você vai me bater?’.”

Da Cunha alega que tentou “conversar com calma”, mas a mulher, “de forma provocadora”, repetia: “Você vai vir para cima?”. Ainda segundo o deputado, ela seria “lutadora profissional de muay thai e fisiculturista”.

“Subitamente, Betina começou a empurrá-lo com força para sair e, com o fim de se proteger, esticou o braço na altura do pescoço de Betina, sem apertá-lo”, relata. “Esta começou a simular que estava desmaiando, e se projetou ao solo.”

O deputado diz, ainda, que ao se levantar a mulher o golpeou com um secador de cabelo, motivo pelo qual ficou “atordoado” e sofreu um corte no supercílio esquerdo. Seu filho de 15 anos teria o afastado de perto de Betina e chamado a Polícia Militar.

Legítima defesa

A perícia do Instituto Médico Legal (IML), no entanto, confirmou que Betina sofreu lesões e apontou “escoriação recente do couro cabeludo em região occiptal (nuca)”. Já o parlamentar levou dois pontos por causa do corte.

Ao analisar o caso, o promotor Rogério da Luz Ferreira, da Promotoria de Justiça de Santos, concluiu que o ferimento que Da Cunha sofreu foi “justificado pela legítima defesa” e afastou a hipótese de acusá-la de agressão.

Segundo o MPSP, Da Cunha começou uma discussão com Betina e “logo passou a agredi-la”. “Ele agarrou a ofendida e, com violência, bateu a cabeça dela contra uma das paredes do imóvel”, relata o promotor, na denúncia.

“O denunciado também apertou o pescoço da vítima (esganadura), fazendo com que ela perdesse a consciência. Quando ela voltou a si, o denunciado bateu mais uma vez a cabeça dela contra a parede”, diz o documento. “O denunciado queria ferir a vítima e conseguiu seu objetivo.”

Vídeo apresentado à Justiça paulista (veja acima) também mostra que Da Cunha jogou água sanitária para destruir roupas, calçados e utensílios da esposa na noite.

“Logo após a agressão e a ameaça, ainda tendo a vítima sob sua mercê, intimidada e impossibilitada de resistir, o denunciado destruiu os óculos de sol da vítima”, afirma o promotor. “Ele assim agiu para ridicularizar e menosprezar a vítima, desdenhando de seus pertences pessoais. Ele buscou humilhar a vítima fazendo isso na presença dela.”

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