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Agente da PF suspeito de contrabando atuou em série de TV no aeroporto

Agente Gianpiero Nieri Rocha aparece na primeira temporada do programa Área Restrita, que mostra ações no Aeroporto de Guarulhos

atualizado

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Homem branco e cabelo curto com o nome "Nieri" estampado em tela - Metrópoles
1 de 1 Homem branco e cabelo curto com o nome "Nieri" estampado em tela - Metrópoles - Foto: Reprodução/Discovery

São Paulo — O agente da Polícia Federal (PF) Gianpiero Nieri Rocha, de 48 anos, é um dos policiais que participam da primeira temporada da série Área Restrita, exibida na TV a cabo e em streaming. O programa mostra os bastidores das forças de segurança do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Como revelado pelo Metrópoles, Nieri e Ernesto Kenji Igarashi, 51, são investigados por suposto envolvimento em um esquema de envio ilegal de ouro para o exterior por meio de voos comerciais. Ambos estão afastados da PF e usando tornozeleira eletrônica.

No programa, Nieri aparece como uma das personagens da vida real que atuam para identificar práticas ilegais, incluindo as feitas por meio do despacho de bagagens. As defesas dele e de Kenji não foram localizadas. O espaço segue aberto para manifestações.

Com 12 episódios, a primeira temporada da série Área Restrita também mostra a rotina de agentes da Receita Federal e das polícias Civil e Militar. Nieri aparece dando apoio em operações, via telefone e mensagem, e até se disfarçando de funcionário para investigar irregularidades.

O Metrópoles apurou que a operação sobre ele e o outro policial surpreendeu funcionários do aeroporto que conheciam a dupla.

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Ernesto Kenji Igarashi, de 51 anos, está preso com medida cautelar
Gianpiero Nieri Rocha, 48, também é investigado sob suspeita de contrabando de ouro
Policial federal em cena de séria sobre bastidores do Aeroporto de Guarulhos
Agente da PF Gianpiero Nieri Rocha, 48, em cena do programa Área Restrita
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Nieri em cena de série, disfarçado para realizar investigação

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Ernesto Kenji Igarashi, de 51 anos, está preso com medida cautelar

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Gianpiero Nieri Rocha, 48, também é investigado sob suspeita de contrabando de ouro

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Policial federal em cena de séria sobre bastidores do Aeroporto de Guarulhos

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Agente da PF Gianpiero Nieri Rocha, 48, em cena do programa Área Restrita

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Investigados

Até a operação, Nieri e Ernesto trabalhavam no Aeroporto Internacional de São Paulo, de onde centenas de quilos de ouro foram contrabandeados, como mostram as investigações da PF. Ambos tinham livre acesso às áreas pública e restrita do maior aeroporto do Brasil por serem policiais federais.

Fontes que acompanham o caso afirmaram ao Metrópoles, em sigilo, que os agentes recebiam o ouro e o repassavam para a área restrita do aeroporto, onde entregavam o material para “mulas”  pessoas responsáveis por transportar o metal precioso. O ouro tinha como origem garimpos clandestinos.

Investigação da PF aponta que o grupo criminoso transportou “centenas de quilos de ouro” para fora do Brasil, entre 2018 e 2022, a partir de voos comerciais partindo de Guarulhos.

Operação interestadual

Como desdobramento do levantamento, a superintendência da PF do Distrito Federal deflagrou, na sexta-feira (1º/12), a Operação Ládon, para apurar possíveis crimes de organização criminosa, usurpação de bens da União, evasão de divisas, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

Foram cumpridos, no mesmo dia, mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, em Bragança Paulista, onde mora Ernesto, e Guarulhos, onde reside Gianpiero, e também nos estados do Espírito Santo e do Ceará e no Distrito Federal.

A Justiça Federal determinou que todos os investigados, cujo número total não foi divulgado, fossem submetidos a medidas cautelares diversas da prisão. Dois deles estão usando tornozeleiras eletrônicas.

Questionada sobre o envolvimento dos dois agentes que trabalham no aeroporto no esquema de contrabando de ouro, a PF afirmou ao Metrópoles, por meio de nota, que não se manifesta sobre “investigações em curso”.

CORREÇÃO: Ao contrário do que foi informado pela reportagem inicialmente, os policiais federais não foram presos, mas alvos de medidas cautelares diversas, como uso de tornozeleira eletrônica. 

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