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Aeroporto de Guarulhos reativa scanner corporal que identifica drogas

A Polícia Federal opera o equipamento que possibilita identificar pessoas que engoliram cápsulas de droga ainda no aeroporto

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais GRU Airport
Saguão de aeroporto
1 de 1 Saguão de aeroporto - Foto: Reprodução/Redes Sociais GRU Airport

São Paulo — A administração do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, reativou neste mês um scanner corporal para identificar cápsulas de drogas engolidas por aqueles que tentam passar pelas autoridades, as chamadas mulas. Normalmente essas pessoas são aliciadas por organizações criminosas para embarcarem com o entorpecente no estômago com destino para Europa.

O scanner é capaz de identificar, ainda no terminal, se o passageiro escolhido para fiscalização engoliu algum tipo de droga. Antes disso, a confirmação do delito só era possível depois do exame de imagem realizado no hospital. A informação foi dada pelo G1.

Segundo a concessionária responsável pelo local, a GRU Airport, é a Polícia Federal quem opera o equipamento, apesar da aquisição ter sido feita pela empresa.

Ainda de acordo com o portal, nem a administração do aeroporto nem a PF confirmam o período que o scanner permaneceu desativado e nem os motivos pelos quais isso aconteceu. A GloboNews apurou que o equipamento não foi usado nos últimos cinco anos.

Ao reativar o esquema, em um teste feito na noite da última quarta-feira (24/4), as autoridades prenderam uma passageira de um voo com destino à Paris, na França, por tráfico internacional de drogas após identificar cápsulas de cocaína engolidas pela suspeita. A mulher foi selecionada pela PF para realizar o exame.

É a primeira prisão do ano desde a reativação do scanner pela Policia Federal no aeroporto.

Volume das apreensões

Em entrevista ao G1, o chefe da delegacia da PF no Aeroporto de Guarulhos, delegado Dennis Cali, afirmou que o número de passageiros que tentam passar com cápsulas engolidas aumentou nos últimos anos mas que o volume de drogas apreendidas diminuiu.

“São muitas pessoas tentando embarcar com pouca quantidade de droga. Enquanto uma pessoa engole 1 quilo, 1,5 quilo de cocaína, na modalidade de droga enviada escondida em malas nós vemos mais de 20 quilos em uma única remessa”, explicou o policial.

Scanner em operação

Nesta segunda-feira (29/4), a Polícia Federal deflagrou uma operação que utiliza o scanner corporal para identificar mais passageiros suspeitos de engolirem algum tipo de droga. Segundo a apuração do veículo, nove pessoas já haviam sido presas e levadas até o Hospital Estadual de Guarulhos com escolta da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

O delegado-chefe da PF no aeroporto elogiou a atuação da corporação na operação: “Quando um policial fica no hospital ele deixa de desempenhar outras funções na delegacia. Os militares da GLO (decreto da lei e da ordem) também não poderiam atuar na escolta porque o hospital está fora do perímetro do decreto. Então o apoio da GCM foi decisivo para conseguirmos deflagrar a operação”, completou ao veículo.

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