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Advogado de homem que deu tiros em carro de casal: “Eu também daria”

Luiz Carlos Valsecchi, advogado do atirador, afirma que casal em carro teria feito ameaças e tentado provocar colisão em rodovia de SP

atualizado

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Homem atira contra casal em rodovia
1 de 1 Homem atira contra casal em rodovia - Foto: Reprodução

São Paulo — O advogado Luiz Carlos Valsecchi, que representa o homem que deu cinco tiros no carro de um casal na rodovia Castello Branco na última sexta-feira (14/6), disse ao Metrópoles que, se estivesse no lugar de seu cliente, faria o mesmo. Adriano Domingues da Costa, autor dos disparos, é acusado de tentativa de homicídio e considerado foragido.

Segundo Luiz Carlos Valsecchi, Adriano só efetuou os disparos após perceber que o carro do casal era blindado. O objetivo, diz o advogado, era assustar o condutor do veículo, que estaria provocando Adriano e tentando jogá-lo para fora da pista.

“Se fosse eu, também dava [os tiros]. Se fosse você, também dava”, afirmou o advogado ao Metrópoles.

“Você está na estrada e tem um cara na pista da esquerda. E ele não te dá passagem. Aí você desiste de tentar passar pela esquerda, para não arrumar confusão, e vai passar pela direita. Aí você começa acelerar pela direita, ele acelera também. Você diminui para voltar para a esquerda, ele diminui também. Em certo momento, ele bateu no carro do meu cliente, jogou meu cliente para fora da pista”, complementa ele.

De acordo com Luiz Carlos Valsecchi, o condutor do veículo que perseguia Adriano estaria armado. “Após a batida, começou um abre janela, ‘seu filho disso’, ‘seu filho daquilo’. O cara mostrou uma arma para ele. Confusão para cá, confusão para lá. O meu cliente nem viu essa arma. Quem viu foi um parente que estava no carro”, afirma.

Assista:

Crime impossível

O advogado Luiz Carlos Valsecchi afirma que Adriano Domingues da Costa não pode responder por tentativa de homicídio, pois, segundo ele, se trata de crime impossível, quando há impossibilidade de conclusão do ato ilícito em razão de uma incapacidade do meio ou impropriedade do objeto usado. No caso, afirma o advogado, seria impossível que os ocupantes do veículo morressem em decorrência dos disparos, uma vez que ele era blindado.

“Não tem crime de homicídio, isso não existe. Ele dá uma coronhada no vidro lateral. E mesmo assim, ele continuou perseguindo. Quando ele dá a coronhada, com o vidro abaixado, o vidro dá uma trincada. Você sabe quando é blindado. Você bate a mão e parece uma parede. Mas ainda que ele não soubesse da blindagem, seria um crime impossível”, afirma.

Foragido

O advogado Luiz Carlos Valsecchi estava, no início da tarde desta segunda-feira (17/6), a caminho da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga. O objetivo, segundo ele, é entender de onde partiu o mandado de prisão temporária contra Adriano.

“Há a ordem de um juiz. Eu tenho que saber quem é o juiz, qual é a fundamentação da ordem, e tenho que saber qual é a competência do juiz. A partir desses elementos eu posso acatar ou não acatar. Se eu acatar, está tudo certo. Eu tenho que saber onde eu vou levar. Pode ser em Itapecerica, em Barueri, em Sorocaba, na Disneylândia. Se a ordem for ilegal, eu vou questionar tudo dentro dos trâmites legais”, afirma.

De acordo com Valsecchi, Adriano está apavorado e quer se entregar o quanto antes. “Ele tá apavorado, quer se entregar o mais rápido possível. Eu tô mandando ele esperar, quero ver o que aconteceu. Tem que ver onde? Não posso falar para ele pegar uma escova de dente, um pinico, um pijama e ir na primeira cadeia que tiver”.

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