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Advogado apontado por Gritzbach como operador do PCC está entre presos

O advogado Ahmed Hassan, o Mude, foi acionista de uma empresa de ônibus de São Paulo e é acusado de lavar dinheiro para o PCC

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O advogado Ahmed Hassan, o Mude, é suspeito de lavar dinheiro para o PCC - Metrópoles
1 de 1 O advogado Ahmed Hassan, o Mude, é suspeito de lavar dinheiro para o PCC - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — O advogado Ahmed Hassan, conhecido como Mude (foto de destaque), é um dos presos nesta terça-feira (17/12) na operação deflagrada pela Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) para investigar lavagem de dinheiro e corrupção policial.

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Joias, armas e dinheiro apreendidos durante Operação Tacitus, que prendeu policiais civis suspeitos de envolvimento com o PCC
Joias, armas e dinheiro apreendidos durante Operação Tacitus, que prendeu policiais civis suspeitos de envolvimento com o PCC
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Joias, armas e dinheiro apreendidos durante Operação Tacitus, que prendeu policiais civis suspeitos de envolvimento com o PCC

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Joias, armas e dinheiro apreendidos durante Operação Tacitus, que prendeu policiais civis suspeitos de envolvimento com o PCC

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Joias, armas e dinheiro apreendidos durante Operação Tacitus, que prendeu policiais civis suspeitos de envolvimento com o PCC

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Hassan foi acionista da empresa de ônibus UpBus, que opera linhas na zona leste de São Paulo, e é acusado de lavar dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele já tinha sido alvo da Operação Decurio em agosto deste ano, numa investigação sobre a infiltração da facção criminosa nas eleições, e cumpria pena em prisão domiciliar.

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Foto em preto e branco do advogado Ahmed Hassan, o Mude
Rival do PCC, empresário Vinícius Gritzbach foi morto em atentado no aeroporto de Guarulhos
Delator do PCC, Vinícius Gritzbach foi executado no Aeroporto de Guarulhos
Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, foi morto no aeroporto de Guarulhos
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Mude mandou foto de dinheiro a Gritzbach em meio a negociação de imóveis

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Foto em preto e branco do advogado Ahmed Hassan, o Mude

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Rival do PCC, empresário Vinícius Gritzbach foi morto em atentado no aeroporto de Guarulhos

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Delator do PCC, Vinícius Gritzbach foi executado no Aeroporto de Guarulhos

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Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, foi morto no aeroporto de Guarulhos

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

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Antônio Vinicius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo

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Segundo o MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

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Gritzbach chegou a ser preso, mas foi solto em 7 de junho

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Segundo o MPSP, o advogado foi citado no acordo de colaboração premiada de Vinícius Gritzbach, delator do PCC que foi assassinado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no início de novembro. Os dois mantinham uma relação profissional e até de certa amizade.

O advogado foi apontado por Gritzbach como operador na compra de imóveis por chefes do tráfico de drogas. O depoimento é acompanhado por contratos, mensagens e fotos de dinheiro vivo. Em um áudio disponibilizado pelo próprio delator, Hassan afirma que a morte de Gritzbach poderia custar R$ 3 milhões “em prêmio”.

O material, ao qual o Metrópoles teve acesso, foi entregue ao MPSP. A conversa é atribuída a Hassan, que faz a oferta milionária ao policial civil Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como “Xixo”, preso em agosto por suspeita de recebimento de propina do PCC.

“Você acha que três [milhões] vai?”, pergunta o advogado. “É, pensa nos três, vai pensando, me fala depois”, responde o policial. “Mas você acha que ‘tá’ fácil resolver ou ‘tá complicado’?”, questiona Mude, ao que o policial afirma: “Tá fácil, facinho”.

O advogado Ahmed Hassan ainda pergunta se “o passarinho tá voando direto” — ou seja, se Gritzbach está saindo de casa. O policial responde que “às vezes voa, só que tem um segurança”.

Outras prisões

Além do advogado, foi preso na operação desta terça-feira Ademir Pereira de Andrade, apontado na delação de Gritzbach como testa de ferro de traficantes do PCC.

O delegado Fábio Baena também foi preso nesta terça-feira, assim como o investigador-chefe Eduardo Lopes Monteiro. Ambos atuavam no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e foram afastados das funções por causa das denúncias.

Outro alvo da operação é o policial civil Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho (veja imagens abaixo). Ele não havia sido preso até a publicação desta reportagem.

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Rogerinho é citado em delação de Antonio Gritzbach
Rogerinho em despedida da Delegacia de Homicídios
Com salário de R$ 7 mil, Rogerinho é sócio de construtora que ergueu cinco empreendimentos em Praia Grande
Condomínios têm até dez casas e policial como comprador - Metrópoles
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Rogerinho se diz segurança do cantor Gusttavo Lima

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Rogerinho é citado em delação de Antonio Gritzbach

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Rogerinho em despedida da Delegacia de Homicídios

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Com salário de R$ 7 mil, Rogerinho é sócio de construtora que ergueu cinco empreendimentos em Praia Grande

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Condomínios têm até dez casas e policial como comprador - Metrópoles

Segundo a denúncia de Gritzbach, os policiais civis receberam ao menos R$ 11 milhões de propina, em dinheiro vivo, para retirar o nome de investigados em inquéritos por homicídio e envolvimento com o tráfico de drogas.

O inquérito policial de homicídio, mencionado no depoimento, é o mesmo no qual Gritzbach era investigado pelo suposto envolvimento no assassinato de dois integrantes do PCC, facção que o havia jurado de morte e a qual ajudou na lavagem de dinheiro.

Gritzbach foi executado oito dias depois de ter denunciado os policiais civis à Corregedoria da corporação.

Em nota ao Metrópoles, a defesa de Baena e Monteiro afirmou que a prisão foi arbitrária e midiática. “A palavra pueril de um mitômano, sem qualquer elemento novo de prova, não poderia jamais motivar medida tão excepcional”, diz a defesa, em nota, referindo-se a Gritzbach.

“Ambos compareceram espontaneamente para serem ouvidos e jamais causaram qualquer embaraço às repetidas investigações”, diz a nota. O Metrópoles busca a defesa de Rogério Felício. O espaço está aberto para manifestação.

Operação policial

A Operação Tacitus, deflagrada nesta terça-feira, cumpre oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão. O objetivo é desarticular organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública (corrupção ativa e passiva).

Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo, Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba.

Segundo o MPSP, provas obtidas em diversas investigações revelaram como os investigados se estruturaram para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses do PCC.

Os investigados vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão. Até 9h30, sete pessoas tinham sido presas.

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