Adolescente morre depois de ser agredido por colegas em escola
Adolescente de 13 anos morreu uma semana depois de dois alunos da sua turma pularem sobre suas costas; polícia investiga como morte suspeita
atualizado
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São Paulo — Um adolescente de 13 anos morreu uma semana depois de ter sido agredido por dois estudantes na escola em que estudava, em Praia Grande, litoral de São Paulo, na última terça-feira (16/4). Segundo o pai, a vítima apresentava fortes dores após os meninos terem pulado sobre as costas do garoto.
Carlos Gomes era aluno do 6° Ano da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, localizada no bairro Vila Mirim. De acordo com o boletim de ocorrência, a agressão teria acontecido dentro da unidade. Os dois alunos, que são da mesma turma de Carlos, teriam pulado sobre as costas do adolescente.
O menino foi levado pelo pai ao Pronto Socorro Central da cidade, onde foi medicado e liberado, no último dia 9. No entanto, conforme o registro, as dores continuaram. O pai, então, o levou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, onde Carlos foi internado.
Na última terça-feira, o adolescente foi encaminhado ao Hospital Santa Casa de Santos. Porém, Carlos não resistiu e morreu dentro da unidade de saúde, segundo o boletim.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou, em nota, que a Polícia Civil investiga a morte do adolescente. Segundo a pasta, foi solicitado exame necroscópico. O caso foi registrado como morte suspeita.
Em nota, a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc) disse que “lamenta profundamente o falecimento do estudante”. A pasta informou ainda que “a Diretoria de Ensino de São Vicente instaurou uma apuração preliminar interna do caso e colabora com as autoridades nas investigações”.
Deputada envia ofício
Após tomar conhecimento do caso, a deputada estadual Andréa Werner (PSB) informou ter encaminhado o ofício às secretarias estaduais de Segurança Pública e Educação, na noite dessa quarta-feira (17), cobrando investigação urgente sobre a morte do adolescente.
Andréa, que coordena na Alesp a Frente Parlamentar pela Inclusão Escolar, disse que também solicitou abertura de inquérito à Promotoria Criminal em Santos. “A escola tem que ser um lugar seguro para todas as crianças e adolescentes”, afirmou.