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De adido consular a maior líder do PCC nas ruas: quem é Tuta

Mesmo foragido da Justiça paulista, membro da maior facção criminosa do país trabalhou como adido comercial num consulado em MG

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Foto colorida mostra homem com camisa branca, dentro de calça jeans, em frente a avião de pequeno porte - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra homem com camisa branca, dentro de calça jeans, em frente a avião de pequeno porte - Metrópoles - Foto: Reprodução/X

São Paulo – Antes de assumir o posto de maior liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas ruas, Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, trabalhou oficialmente como adido comercial no Consulado de Moçambique em Minas Gerais. Como mostrado pelo Metrópoles, ele foi condenado à revelia, na terça-feira (27/2), por lavar R$ 1 bilhão da facção.

Já procurado pela polícia paulista, ele recebia salário de R$ 10 mil para, agregado à embaixada do país africano, tratar de temas importantes para o intercâmbio comercial com o Brasil.

Desconhecendo que trabalhava com um integrante da maior facção criminosa do Brasil, Deusdete Januário Gonçalves, ex-cônsul-honorário da República de Moçambique em Minas Gerais, descreveu o criminoso, em um processo do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), como “um homem de grande idoneidade” e que “desempenhava sua função corretamente”.

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Tuta fazia voos em jatinhos
Tuta levava vida de luxo, segundo investigação
Investigadores acreditam que Tuta possa ter sido morto após PCC identificar desvio de dinheiro
Tuta (à esquerda) exerceu cargo de adido no Consulado de Moçambique
Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, Já foi considerado número 1 do PCC nas ruas
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Tuta é oficialmente considerado foragido

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Tuta fazia voos em jatinhos

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Tuta levava vida de luxo, segundo investigação

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Investigadores acreditam que Tuta possa ter sido morto após PCC identificar desvio de dinheiro

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Tuta (à esquerda) exerceu cargo de adido no Consulado de Moçambique

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Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, Já foi considerado número 1 do PCC nas ruas

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Tuta ocupou o posto de principal líder do PCC nas ruas entre 2020 e 2022, quando foi expulso da facção

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Tuta trabalhou como adido entre 2018 e 2019, com salário de R$ 10 mil

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O depoimento da autoridade consular consta em uma sentença, proferida nessa terça-feira (27/2), na qual Tuta e outros três integrantes do PCC foram condenados por associação criminosa e lavagem de R$ 1 bilhão provenientes do tráfico internacional de drogas.

“Preenchia requisitos”

Tuta trabalhou como adido entre 2018 e 2019, com carteira assinada. Ainda em seu depoimento, Deusdete afirmou que o membro do PCC “preenchia todos os requisitos necessários” para o cargo.

Tuta, ainda de acordo com o depoimento, apresentou sua folha de antecedentes à Justiça Federal e Justiça mineira, antes de ser contratado.

Quando o agora ex-cônsul foi intimado a falar como testemunha de defesa de Tuta ao TJSP, no processo de lavagem de dinheiro acima mencionado, ele o desligou do quadro de funcionários do consulado, ao ficar sabendo das ligações do adido comercial com o crime organizado.

Em seu depoimento, ao qual o Metrópoles teve acesso, Deusdete destacou ainda que Tuta se apresentava como uma pessoa simples, sem ostentar nenhum tipo de riqueza.

De adido ao topo do PCC nas ruas

Meses após ser demitido, Tuta chegou ao posto de maior chefão do PCC em liberdade, em 2020. Ele teria sido expulso da facção, no entanto, por enriquecer à custa da organização criminosa, dois anos depois.

Atualmente, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) suspeita que o criminoso tenha sido assassinado, mas o corpo nunca foi encontrado, oficialmente, ele é considerado foragido.

Antes disso, com Marcola isolado no sistema carcerário federal, ele chegou a ser apontado como o substituto imediato do líder máximo do PCC.

 

 

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