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Prefeitura adia prazo para propostas de parque no Campo de Marte

Concessionária que vai administrar novo parque no Campo de Marte, na zona norte, será conhecida em 16 de agosto. Prazo anterior era 2/7

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Divulgação/Infraero
Aeroporto do Campo Marte
1 de 1 Aeroporto do Campo Marte - Foto: Divulgação/Infraero

São Paulo — Área historicamente disputada entre a União e a Estado de São Paulo, o Parque Municipal do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, poderá começar a sair do papel no próximo dia 16 de agosto, quando serão abertos os envelopes com as propostas comerciais de empresas que desejam disputar a concessão.

A data em que acontecerá a sessão pública de licitação, estava inicialmente prevista para o dia 2 de julho, mas foi adiada pela Prefeitura de São Paulo em um decreto dessa quarta-feira (17/7).

O projeto do parque, que já foi prometido como um “novo Ibirapuera”, passou por uma alteração. A antiga proposta de criação de um museu aeroespacial, que chegou a ter edital publicado em 2022, foi substituída por um projeto de área esportiva com espaço dedicado ao carnaval e à preservação do histórico futebol de várzea. Já o aeroporto continuará funcionando normalmente.

Pelo edital, a empresa que vencer a concessão será responsável tanto pela implementação quanto pela gestão do parque por um prazo de 35 anos.

A área total concedida será de 385.883,68 m² e a empresa vencedora da licitação deverá pagar uma outorga inicial de R$ 305.613,00, além de uma outorga variável de 1% à 2% da receita bruta anual à prefeitura. O investimento total previsto é de R$ 614.425.376,00.

Como o parque irá ficar

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Projeto do parque municipal do Campo de Marte
Simulação de uma futura área de ciclismo
Projeto prevê construção de um espaço de convivência
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O projeto final do parque deverá ser apresentado somente após a definição da empresa concessionária, mas o edital da prefeitura prevê que o espaço deverá continuar sendo usado como um centro esportivo e de lazer.

No plano de ocupação referencial, a prefeitura sugere a criação de um centro esportivo, com ciclovia, trilhas de caminhada, um centro de convivência, e quadras poliesportivas. Além de uma área de apoio ao carnaval, que deverá ser dedicada ao armazenamento de carros alegóricos.

Outra questão levantada no edital é a criação de um sistema de drenagem na área, uma vez que o parque fica em uma região de várzea do Rio Tietê – característica que inclusive batiza a prática de “futebol de várzea” que funciona há décadas no local.

O Campo de Marte é vizinho à obra do novo Colégio Militar de São Paulo, projeto cujo custo total de construção já ultrapassa R$ 165 milhões. A construção, iniciada em fevereiro de 2020, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem conclusão prevista para 2025 e seu projeto não se altera com a concessão do parque.

Na área também funciona o aeroporto do Campo de Marte, o mais antigo do estado de São Paulo, que foi concedido à inciativa privada em 2022. Atualmente, o local recebe principalmente helicópteros e aviões de pequeno porte e continuará funcionando normalmente após a criação do parque.

Disputas histórica com a União

A criação do parque Municipal do Campo de Marte põe fim a uma disputa histórica entre a prefeitura de São Paulo e União, cuja origem remonta à Revolução Constitucionalista de 1932.

Durante o conflito armado, o local onde já funcionava uma pista de pouso, foi bombardeado e posteriormente ocupado pelas tropas de Getúlio Vargas. Após inúmeras tentativas de conciliação, a área só retornou para a posse paulista em 2022 por meio de um acordo entre a gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

No acordo, a União abriu mão de uma dívida de R$ 24 bilhões do município em troca de não precisar pagar uma indenização pela ocupação do espaço. Depois do acordo, a prefeitura criou o parque em um decreto de maio deste ano.

 

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