Acusada de sequestrar Marcelinho Carioca é transferida para Tremembé
Eliane Lopes, que teria participado do sequestro de Marcelinho Carioca foi presa no último dia 21 em operação contra “central de golpes”
atualizado
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São Paulo — A mulher acusada de participar do sequestro do ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca, em dezembro do ano passado, foi transferida no domingo (23/6) para a Penitenciária Feminina II de Tremembé, no interior de São Paulo. Eliane Lopes, que estava em prisão domiciliar desde janeiro, foi presa no último dia 21 de junho, em operação da Polícia Civil em uma suposta “central de golpes” contra clientes de bancos, em Igaratá, no interior.
Antes da transferência, a mulher permaneceu dois dias na Delegacia de Polícia de Guarulhos. Questionada, a Secretaria da Administração Penitenciária não deu detalhes sobre o processo de inclusão da detenta ao presídio.
De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), as suspeitas surgiram a partir da denúncia de vizinhos, que avisaram a polícia sobre uma movimentação no local durante vários dias. Moradores foram vistos entrando e saindo no local com diversos notebooks, fones de ouvido e equipamentos eletrônicos.
As equipes do Deic fizeram campana na região e desconfiaram que a casa era usada por criminosos. Os policiais, então, teriam entrado no imóvel e abordado os suspeitos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, parte do grupo tentou fugir com a chegada da polícia.
Entre os que tentaram sair do local estava Eliane, acusada de receber o dinheiro do sequestro de Marcelinho Carioca. Em janeiro deste ano, ela teve a prisão domiciliar concedida pela Justiça por ser mãe solo de crianças com menos de 12 anos.
Como funcionava a central de golpes
Na casa onde o grupo foi preso, foram encontrados 12 notebooks, 18 celulares, cinco fones de ouvido, três veículos e um sistema de internet por satélite. Nos computadores, os investigadores encontraram uma planilha com vários nomes e roteiros sobre como fazer com que as vítimas caíssem no golpe.
Uma das pessoas listadas na planilha, uma juíza de 76 anos do Rio de Janeiro, contou aos policiais como se tornou vítima do grupo.
Segundo ela, um dos golpistas se passou por seu gerente e disse que sua conta tinha apresentado uma quebra de segurança. Com isso, conseguiu convencer a juíza a passar dados que permitiram o acesso ao aplicativo do banco. Os criminosos transferiram quase R$ 50 mil da vítima.
O caso foi registrado como furto, associação criminosa, desobediência e apreensão de objeto.
Sequestro de ex-jogador
Eliane Lopes de Amorim é acusada de receber o dinheiro do sequestro de Marcelinho Carioca. Em janeiro deste ano, ela teve a prisão domiciliar concedida pela Justiça por ser mãe solo de crianças com menos de 12 anos.
Em dezembro de 2023, Marcelinho Carioca e a amiga Taís Alcântara foram mantidos em cativeiro por mais de 36 horas e obrigados a gravar um vídeo para despistar a polícia. Para os agentes da Divisão Antissequestro (DAS), órgão da Polícia Civil responsável pela investigação, o sequestro não havia sido planejado — foi um crime de “ocasião”.