metropoles.com

Acordo entre Tarcísio e Nunes facilita privatização da Sabesp

Ricardo Nunes concordou com a inclusão da capital, maior cliente da Sabesp, em um sistema integrado de governança, facilitando privatização

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP
Imagem colorida mostra o prefeito Ricardo Nunes assinando um documento em uma mesa de reunião com o governador Tarcísio - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o prefeito Ricardo Nunes assinando um documento em uma mesa de reunião com o governador Tarcísio - Metrópoles - Foto: Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP

São Paulo — O prefeito de capital, Ricardo Nunes (MDB), assinou um contrato com a Sabesp, na última semana, que facilita o plano do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizar a estatal de saneamento, uma de suas promessas de campanha.

No contrato, Nunes concordou com a inclusão da capital em uma das Unidades Regionais de Serviço de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário da Sabesp. Essas unidades gerenciam de forma unificada os serviços de abastacimento de água e coleta e tratamento de esgoto em diferentes regiões do estado.

Até a semana passada, a capital tinha seu plano próprio para os serviços de saneamento e um contrato com a Sabesp para a execução desse planejamento. Agora, a capital concordou em ter essas atividades planejadas pela empresa.

Na unidade regional, o planejamento dos serviços será feito por um conselho deliberativo, do qual o governo estadual detém 40% dos votos e o município, 17%. O restante dos votos é dividido, com pesos diferentes, entre outras 370 prefeituras.

A adesão da capital a esse modelo era considerada vital para a privatização da Sabesp por técnicos do governo estadual. A capital responde por quase metade do faturamento da companhia e a possibilidade de que a cidade tivesse um planejamento próprio, sem integração com as cidades vizinhas, provocava insegurança jurídica.

Críticos da privatização da Sabesp na Câmara Municipal afirmam, porém, que, com o acordo, São Paulo abriu mão do poder de decisão sobre as atividades ligadas ao saneamento básico na cidade.

Costuras políticas

Auxiliares do governador Tarcísio avaliam que ainda é preciso de mais ajuda do prefeito Ricardo Nunes para facilitar a venda da Sabesp.

O principal ponto ainda pendente de negociação é o trecho do contrato de fornecimento de água da empresa à cidade que prevê que a Sabesp precisa repassar para a Prefeitura 7% das receitas arrecadas com as contas de água e esgoto do município, um valor estimado em cerca de R$ 570 milhões por ano.

Técnicos do governo estadual avaliam que a privatização será ainda mais atrativa caso essa cláusula especial seja revista, mas a avaliação é que será preciso oferecer a Nunes alguma forma de compensação orçamentária.

A gestão Tarcísio planeja fazer uma oferta de ações da Sabesp na Bolsa de Valores no modelo follow-on, uma vez que a companhia já tem seu capital aberto. Com essa medida, o governo estadual deixaria de ser o acionista majoritário da empresa.

Tarcísio tem um plano de investimentos da empresa de R$ 66 bilhões, com a meta de antecipar de 2033 para 2029 a universalização do saneamento básico no estado.

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?