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Achei que ia morrer, diz piloto de moto em que amigo foi morto por PM

Homem que dirigia moto afirma que amigo foi morto por policial enquanto descia do veículo durante abordagem na última sexta-feira

atualizado

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Reprodução
Luan Santos
1 de 1 Luan Santos - Foto: Reprodução

São Paulo – O motorista da moto em que o passageiro foi morto por um policial militar na Rodovia Anchieta na última sexta-feira (16/2) disse ao Metrópoles que o amigo foi baleado enquanto descia do veículo. Segundo o policial que efetuou o disparo, o gatilho foi acionado de forma acidental. O atendente de farmácia Luan Santos, de 32 anos, morreu no local.

Paulo Cezar dos Santos Araújo, que pilotava a moto, questiona a versão apresentada pelo policial e afirma ter tido certeza de que também seria baleado.

“Eu tava [sic] andando na Anchieta a 80 km por hora. A gente estava indo de São Paulo para Santos. Do nada, a viatura apareceu do meu lado pedindo para encostar. Fiz isso na hora. Quando desliguei a moto, ele falou: ‘Pode descer’. Nesse momento da descida, o Luan colocou a perna esquerda no chão e levantou a direita. Aí veio o disparo”, afirma Paulo Cezar.

“Na hora, o Luan já gritou: ‘Ai, ai, ai’. Ele caiu no chão. Eu olhei e vi o policial dentro da viatura mirando para nós. Eu comecei a gritar: ‘Polícia, polícia’. Tive certeza de que ia tomar um tiro também”, completa.

Segundo Paulo Cezar, a situação só se acalmou quando um amigo policial civil, que estava em uma outra moto, chegou e se apresentou.

O autor do disparo foi major da Polícia Militar Rafael Cambui Mesquita Santos. À polícia, ele disse que o disparo acidental teria ocorrido enquanto ainda estava dentro da viatura, após uma trepidação do veículo. Ele alegou que houve uma perseguição porque a moto estava em alta velocidade.

Para Paulo Cezar, o PM essa foi uma versão criada pelo PM para tentar se livrar de punições.

“Não teve zigue-zague, não teve moto sendo empinada, perseguição. Isso não aconteceu. É só puxar as câmeras da Ecovias”, diz.

“Policial ficou pálido”

Segundo Paulo Cezar, o policial militar pareceu ter ficado assustado após balear Luan. “O policial que atirou ficou com os olhos esbugalhados, pálido. Eu cheguei, falei um monte de coisa. A única coisa que ele falava era: ‘Calma, calma, não sabe se ele morreu’. Mas meu amigo caiu morto ali mesmo”, diz Paulo Cezar.

“Se foi sem querer ou não, eu não sei. A verdade é que acabou atirando e matou o Luan.”

Vídeo na rodovia

Momentos antes de ser baleado, Luan Santos divulgou em seu perfil no Instagram em que aparece na Rodovia Anchieta. O homem usa um filtro que coloca uma maquiagem de palhaço sobre seu rosto.

 

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