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Nos 10 anos da Lava Jato, Deltan vai ao “triplex do Lula” e ataca STF

Ex-deputado e ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol gravou vídeo em frente ao triplex que foi atribuído a Lula no Guarujá (SP)

atualizado

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Imagem colorida de Deltan Dallagnol com prédio ao fundo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Deltan Dallagnol com prédio ao fundo - Metrópoles - Foto: Reprodução/X

São Paulo — No mês em que a Operação Lava Jato completa dez anos, o ex-deputado e ex-procurador da República Deltan Dallagnol foi ao Guarujá, no litoral paulista, gravar um vídeo em frente ao triplex que resultou na primeira condenação (anulada) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para criticar o petista e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Na praia das Astúrias, em frente ao Edifício Solaris, que abriga o triplex no 16º andar, Deltan disse que a Lava Jato, operação da qual ele foi coordenador em Curitiba, no Paraná, “colocou medo em políticos corruptos” no Brasil “pela primeira vez na história”. No vídeo, ele diz que “hoje, infelizmente, eles [políticos] não têm mais medo de serem presos porque o STF decidiu abraçar a impunidade que impera em nosso país”.

“Esse aqui é o triplex do Guarujá do Lula, que me custou mais de R$ 100 mil de multa por eu fazer o meu trabalho. E o que esse triplex rendeu pro Lula? Nada. É claro que teve condenação por corrupção, por lavagem de dinheiro, em três instâncias da Lava Jato, mas o STF anulou”, diz Deltan no vídeo postado em suas redes sociais.

A multa mencionada pelo ex-coordenador da extinta força-tarefa da Lava Jato em Curitiba está relacionada à condenação dele ao pagamento de indenização a Lula por causa do famoso powerpoint exibido por ele na coletiva de imprensa em que a Lava Jato divulgou a denúncia contra o atual presidente no caso do triplex do Guarujá. Deltan fez uma campanha de doações via Pix a arrecadou dinheiro para pagar a multa.

O caso do triplex resultou na primeira condenação de Lula na Lava Jato, imposta pelo então juiz Sérgio Moro, atual senador pelo União Brasil, e na prisão do atual presidente, em abril de 2018, após a confirmação da sentença em segunda instância, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A decisão foi mantida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Lula ficou 580 dias preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

Lula foi libertado um ano e sete meses depois, em 2019, após o STF rever o entendimento de prisão após condenação em segunda instância. Em 2021, o Supremo declarou a suspeição de Sergio Moro para atuar nos processos envolvendo Lula, anulando as condenações do petista, no caso do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia. Depois disso, os casos foram arquivados por prescrição.

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