Adeus 2019, feliz Enem 2020: confira as mudanças no exame
No próximo ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira vai começar a aplicar provas digitalmente
atualizado
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O recesso e as férias de fim de ano se aproximam e muitos estudantes já estão planejando, academicamente, o ano novo. Faltam 353 dias para o Enem 2020. Prepare a agenda. As datas de aplicação para o Enem do ano que vem já estão definidas. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a versão impressa do exame ocorrerá nos dias 1º e 8 de novembro. A novidade, o Enem digital, será nos dias 11 e 18 de outubro.
A grande novidade para 2020 é que começará a ser implementado o Enem digital. Nesse projeto piloto, a prova via computador será aplicada para, no máximo, 50 mil candidatos. Participarão somente 15 capitais brasileiras. A adesão dos candidatos será opcional no ato da inscrição até que se alcance o total, o equivalente a 1% do total de participantes. No momento da inscrição do Enem 2020 — prevista para o próximo mês de maio — o participante poderá escolher por fazer o Enem digital ou o Enem impresso.
De acordo com o cronograma do projeto, a previsão é de que a prova digital seja aplicada uma vez em 2020, duas vezes em 2021 (ainda opcional), aumentando a quantidade gradualmente até que, em 2026, tenhamos quatro aplicações do Enem ao longo do ano, quando o modelo será o único a ser utilizado no país.
Em 2026, a versão em papel para de ser distribuída e o exame só será em formato digital. A consolidação desse modelo será marcada por diversas aplicações regulares ao longo do ano, por agendamento, em todo o país, e reaplicação (Enem PPL) também passa a ser em modelo digital.
Em 2020, somente candidatos das seguintes capitais poderão optar em fazer o Enem digital:
- Belém;
- Belo Horizonte;
- Brasília;
- Campo Grande;
- Cuiabá;
- Curitiba;
- Florianópolis;
- Goiânia;
- João Pessoa;
- Manaus;
- Porto Alegre;
- Recife;
- Rio de Janeiro;
- Salvador;
- São Paulo.
Isso sempre respeitando o limite total máximo de 50 mil provas, o que representa 1% do total de candidatos. Os 50 mil que participarão do piloto serão selecionados por ordem de inscrição. Lembrando que a versão do Enem digital inclui também a prova de redação. Ainda não foram divulgados mais detalhes sobre o Enem digital 2020.
Nova matriz
O Enem de 2020 deverá ser a última edição do exame que seguirá a atual Matriz de Referência do Enem, com questões de linguagens, ciências humanas, ciências da natureza e matemática, totalizando 180 itens, além da redação.
O MEC afirma que, a partir de 2021, o exame sofrerá mudanças para se adequar ao novo ensino médio. De acordo com o Inep, a versão digital da prova viabilizará questões que utilizem games, vídeos e infográficos.
Para o Enem Digital o MEC afirmou que não vai adquirir novos computadores. A ideia é usar a estrutura já instalada das escolas e universidades onde o exame costuma ser aplicado.
Presidente do Inep na época da criação do Enem, Maria Helena Guimarães de Castro diz que o exame se firmou como uma das principais políticas educacionais do país e não corre riscos, mas ainda precisa de melhorias. Para ela, a nova matriz curricular — que estabelece os conteúdos cobrados na prova — que está sendo desenhada é fundamental para o aperfeiçoamento. A nova matriz deve seguir as orientações da reforma do ensino médio e da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Enem 2021
Segundo as mudanças propostas pela nova BNCC e pelo MEC, o Enem 2021 continuará com dois dias de prova, porém com a diferença de que, o primeiro dia será destinado a avaliar os conteúdos propostos pela Base Nacional Comum Curricular. Já no segundo será com foco em uma área de conhecimento, itinerário formativo, que será escolhida pelo estudante. Em 2021 o exame deve também diminuir a carga de questões. Passando das atuais 180 para algo perto de 90.
O novo Enem 2021 traz uma proposta moderna inspirada em outros países, que exige um médio conhecimento em várias áreas e um conteúdo mais aprofundado de acordo com a carreira que cada estudante pretende cursar. Trata-se de valorizar o aluno não como um repositório de informações, mas a partir das competências e habilidades com que mais de identifica.