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Ao se deparar com grandes desafios, não tenha medo de assumir riscos

Não se atenha à possibilidade de falha. Não se trata de uma impulsividade barata, e sim de uma convicção naquilo que temos

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Silhouette of young man jumping over mountains and cliffs at sunset.
1 de 1 Silhouette of young man jumping over mountains and cliffs at sunset. - Foto: Istock/vchal

A sua hora chegou, e você precisa ter atenção. Isso não está escrito em nenhum calendário ou despertador. Também ninguém será capaz de dizer que é chegado o momento da estreia.

De fato, você não aprendeu tudo – esse processo só está finalizado na morte. Sempre há o que melhorar, não se iluda. Mas isso não é motivo para o fluxo da vida estancar, num aguardo tolo da ocasião oportuna.

Quase sempre, essa oportunidade não é um golpe de sorte, e sim um somatório de fatores. É preciso confiar no que foi sendo angariado, lapidado, ao longo do caminho. Olhe para trás e verá que muito já foi percorrido.

Ignorar isso, mirando apenas o que ainda falta, é uma forma de maltrato consigo, de desonra diante de tanto suor, de tanto empenho.

E se você acha que ainda não se dedicou o suficiente, observe seus pares. Eles podem ser balizadores, pontos de referência para mensurar o conquistado. Não mire apenas os melhores, pois diante deles a comparação pode ser mentirosa – e injusta.

Ao olhar os verdadeiramente semelhantes, verá alguns à frente, outros atrás. Faça disso um estímulo e um alento. A vida poderá ser mais generosa se você tratá-la de forma mais otimista.

De diversos mestres aprendi que devemos ser responsáveis e prudentes, mas não devemos nos acovardar diante dos desafios aos quais somos convocados. Sob o risco de voltarmos ao fim da fila. E, pior, de nutrirmos dentro um ressentimento pela falta de chances.

Ao que parece, quem distribui os papéis carrega em si uma coerência. E não está disposto a desperdícios.

Nada como a experiência para mostrar o quão prontos estamos para o enfrentamento das dificuldades que se apresentam. Inclusive, para desmistificar as dificuldades que tanto estimamos: na prática, tudo pode ser bem mais fácil. Mas, para isso, é preciso arriscar.

E é o diacho do risco que não queremos assumir. Cremos ser única a chance. Pensamos em erros incorrigíveis, em danos irreversíveis. Esquecemo-nos que a realidade é apenas uma interpretação subjetiva. E, assim sendo, tem plasticidade para se adaptar a qualquer equívoco.

Mas não se atenha à possibilidade de falha. Aponte o alvo e não as bordas. Não se trata de uma impulsividade barata, e sim de uma convicção naquilo que temos – e não no que nos falta. Disso brota força para qualquer empreendimento.

Inclusive para que tenhamos o apoio dos demais. O nome disso é credibilidade. E aí o efeito é cumulativo, igual bola de neve. Se acreditamos, os outros creem em nós, e nos alimentarão nos momentos de incertezas e dificuldades. E assim constroem-se impérios, amores e boas histórias.

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