Vanquish, o novo tratamento que reduz medidas em semanas
Aprovado pela Anvisa, o equipamento que funciona por radiofrequência seletiva não tem contato com a pele do paciente
atualizado
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Se livrar da gordura localizada, os famosos pneuzinhos, é o sonho de muita gente. Mas entre os riscos de uma lipoaspiração e a demora para obter resultados em tratamentos estéticos convencionais ou com dietas sofridas aliadas à atividade física, há quem acabe desanimando. Com a promessa de ser um processo indolor e não invasivo, o vanquish está conquistando clientes e despertando a atenção de quem busca resultado rápido.
Sucesso na Europa e nos Estados Unidos, o serviço ainda é oferecido em poucas clínicas no país. O vanquish é um aparelho que usa a tecnologia de radiofrequência seletiva e conta com uma espécie de haste curva, chamada de ponteira, posicionada acima da barriga. “Ele age especificamente na gordura localizada do abdômen e do flanco”, explica a consultora em estética facial e corporal Priscilla Baracat, diretora da Inti Estética.
Um dos grandes diferenciais é que a máquina não encosta na pele do paciente, apenas emite ondas de calor, tornando o processo pouco ou nada incômodo. Cada sessão dura em torno de 45 minutos e a recomendação é que sejam feitas com intervalos de uma semana entre uma e outra. A quantidade de sessões varia conforme o volume de gordura e o metabolismo de cada pessoa. Os resultados são sentidos em três meses, mas a maior parte dos pacientes já consegue ver a redução das medidas antes desse prazo.
Foi o caso da advogada Renata Pinheiro, 44 anos, que mesmo na metade do tratamento já aprovava a eficiência do método. “No dia que você faz, a barriga fica um pouquinho inchada, mas logo passa. Menos de uma semana depois da primeira sessão, percebi uma diferença na aparência. Quando medi a minha cintura vi que havia perdido dois centímetros, saindo de 69 para 67”, comemora.
Acostumada a outros procedimentos estéticos doloridos, ela aponta o conforto como outra vantagem do vanquish. “Como não é permitido usar o celular durante as sessões, eu costumo levar um livro para passar o tempo. Mas me sinto tão relaxada que acabo dormindo na maca.”
Como funciona
A radiofrequência seletiva aquece apenas o tecido adiposo, preservando os outros tecidos, como pele e músculo, que não ficam com a temperatura tão elevada. Segundo a dermatologista Adriana Isaac, as células de gordura aquecem até 45ºC, levando à apoptose, ou morte celular. Justamente o contrário do que ocorre, por exemplo, na criolipólise, quando a gordura é congelada até necrosar.
Entretanto, antes de tudo, é necessário fazer uma avaliação para saber em quais casos o tratamento é indicado. “Gestantes, mulheres que usam DIU e pessoas que passaram por cirurgias recentes não devem optar pelo vanquish. Mas, falando sobre riscos, não há restrição de idade, sexo ou outros requisitos. Há a questão da eficiência”, diz Adriana.
O serviço não apresenta nenhum efeito colateral – pelo contrário. “Muitos pacientes relatam que a pele fica menos flácida, pois há uma contração do colágeno, em consequência do processo inflamatório”, aponta Priscilla.
O preço do serviço varia de acordo com o caso de cada paciente e a sessão custa a partir de R$ 900. “É um tratamento mais caro por ser feito em poucas sessões. É mais tecnológico, duradouro e eficiente que processos antigos, como eccus e cavitação”, justifica.
Alternativa à lipo?
Embora exista uma comparação com a lipoaspiração, é importante ressaltar que são processos que apresentam resultados diferentes. “A lipo é uma cirurgia, é invasiva, e, para quem tem pouca gordura, é sempre melhor procurar uma alternativa, como o vanquish. Mas que fique claro: o procedimento não trata obesidade, só gordura localizada”, explica a dermatologista Adriana Isaac.
Segurança
Liberado em 2015 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o tratamento também conta com o aval do Food and Drug Administration (FDA), órgão regulatório dos Estados Unidos. “A autorização avalia a segurança e a eficiência do método, baseando-se em respaldo científico”, orienta Adriana. “A radiofrequência tradicional (não seletiva) já existe há décadas e até hoje não apresentou nenhuma consequência séria. A seletiva é ainda mais segura, por não ter contato com a pessoa e atingir somente uma área única desejada”, explica.
O vanquish não é recomendado para:
- Pessoas que desejam perder uma grande quantidade de gordura
- Gestantes
- Mulheres que usam DIU de cobre
- Pessoas portadoras de marcapasso ou implantes metálicos
- Quem fez qualquer tipo de procedimento cirúrgico recentemente
Como se preparar para o vanquish:
- Se hidrate bem! Tome muita água no dia anterior, no dia do tratamento e no dia seguinte
- Não use objetos metálicos (brincos, colares, piercings, etc) durante a sessão
- Pratique exercícios e tenha uma alimentação saudável durante e após o tratamento para manter o resultado