Sete indícios de que você tem desvio de septo
O problema interfere na respiração e atinge 20% dos brasileiros. Médica explica como é feita a cirurgia corretiva e seus benefícios
atualizado
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Você respira bem? Para muitos, a pergunta pode ser difícil de responder de pronto. Algumas pessoas convivem há tantos anos com certos desconfortos nas vias aéreas que simplesmente se acostumaram ou nem sequer imaginam que podem ter uma qualidade respiratória muito melhor do que possuem atualmente.
Um dos problemas mais comuns associados à respiração é o desvio de septo, um tipo de “parede” formada por ossos, cartilagens e mucosas que divide as narinas. Sinusites, roncos, congestão e baixo desempenho em atividades físicas são sintomas característicos da má formação.
A médica Ada Carvalho, do Centro de Otorrinolaringologia (Ceol), explica que esses sintomas estão entre as principais queixas que aparecem em seu consultório. “A maioria reclama que o nariz vive entupido, que tem infecções constantes e sente dores na face. Mas, muitas vezes, nem sabe que não respira bem”, disse. Com a ajuda da médica, elencamos sete sinais que são alertas para o problema:
De acordo com a otorrinolaringologista, à medida que o ser humano cresce o septo também aumenta. “Os desvios começam principalmente durante a adolescência. Com o tempo, pioram e podem causar a obstrução das fossas nasais e uma série de problemas. Fazemos a indicação cirúrgica dependendo do grau do desvio, que é detectado através de avaliação e exames”, explica.
Durante o procedimento, que dura cerca de uma hora e é feito com anestesia geral, o septo é corrigido ou remodelado. A internação, normalmente, é de 24 horas. “Depois disso, o paciente é liberado e recebe algumas instruções, como a ingestão de alimentos com consistência líquida nos primeiros dias, higienização adequada e repouso. Após uma semana, ele praticamente volta à vida normal”, explicou a médica. Veja como a septoplastia é feita:
Segundo a Academia Brasileira de Rinologia, cerca de 20% da população brasileira têm o problema, que pode ter causa congênita ou traumática, em função de um acidente, por exemplo.
O servidor público Alexandre Bueno Damado, 40 anos, se submeteu à septoplastia. Além do desvio de septo, ele tinha um pólipo, um tipo de tecido ligado à membrana que cobre a mucosa nasal e bloqueava praticamente 100% da narina direita. “Eu respirava apenas pelo lado esquerdo, inflamava muito, sangrava e era um catalisador para gripes”, contou.
Após pouco mais de 15 dias do procedimento, realizado na CEOL, ele já comemorava os resultados. “Depois da cirurgia, eu sinto até mais energia. Passei anos sentindo um cansaço enorme, que vinha das noites maldormidas”, disse.