Fluência em segundo idioma pode aumentar salário em até 61%
“Nunca é tarde demais para aprender outra língua”, defende a presidente de cooperativa do DF que oferece cursos a preços mais acessíveis
atualizado
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Falar inglês ou espanhol é uma qualificação que, segundo pesquisa da Catho, site de busca de empregos, está presente no currículo de uma pequena parcela da população do país. De acordo com o levantamento, apenas 5% dos brasileiros são fluentes em uma segunda língua. Outro dado da pesquisa que chama atenção: este plus pode engordar o contracheque em até 61%, quando comparado a outras pessoas exercendo a mesma função.
A supervisora de carreiras Larissa Meiglin afirma que o mercado privado tem dado preferência para os profissionais bilíngues. “O fato do idioma ser um pré-requisito não significa necessariamente que, no dia a dia, eles terão que usar o inglês. Mas é inegável que as empresas dão preferência para os candidatos que se aperfeiçoam de alguma maneira”, explica.
A ex-aluna da Cooplem Idiomas Monna Povala, de 30 anos, lembra ter crescido ouvindo a avó cobrar os netos para que estudassem uma língua estrangeira. “Eu era praticamente uma criança, mas ela falava que o inglês era um plus e que, sem ele, a gente não iria ter boas oportunidades. Acho que minha avó morreu sem saber o que era um plus, mas ela estava completamente certa”, conta Monna, hoje professora.
Ela começou o curso de inglês aos 14 anos. Aos 17, já garantia a própria renda, dando aulas em pequenos cursinhos. Depois, ingressou no curso de letras inglês, na Universidade de Brasília, e passou a lecionar em escolas conhecidas no Distrito Federal. “Hoje, posso dizer que estou na ‘cereja do bolo’. Dou aulas de inglês em uma escola internacional, para alunos que nem falam o português”, comemora.
O aprendizado de um segundo idioma também foi um divisor de águas na vida do estudante de medicina Patricio Motta, de 28 anos. Durante o curso de espanhol, teve a oportunidade de fazer um intercâmbio na cidade de Salamanca, na Espanha, durante três meses. “Depois disso, não parei mais. Voltei, terminei meu curso e acabei conseguindo uma vaga para estudar na Universidade de Barcelona. Isso me abriu muitas portas”, diz.
“Nunca é tarde para aprender outra língua”
O que Patricio e Monna têm em comum, além de dominarem outro idioma, é a escola onde estudaram. A Cooplem Idiomas é uma cooperativa formada há 18 anos, por professores do Distrito Federal, e conta com 12 unidades espalhadas pela cidade. A instituição oferece inglês, espanhol, francês e japonês, do nível básico ao avançado, com preços mais acessíveis. Por ano, cerca de 8 a 10 mil estudantes passam pelas salas de aula da Cooplem, em turmas para crianças, adolescentes e adultos.
Segundo a presidente da cooperativa, Márcia Ionne Ramos Behnke, a faixa etária dos estudantes varia bastante, mas os adultos são maioria entre as novas matrículas. “Nunca é tarde para aprender outra língua. E o nosso método permite um aprendizado completo, que envolve as quatro habilidades – ler, escrever, ouvir e falar –, de uma maneira que o aluno tome para si o idioma estrangeiro”, aponta.
O tempo de formação varia entre três e cinco anos, mas, segundo Márcia, os alunos atingem um nível pós-intermediário com dois anos de curso. “Todos os nossos professores têm a licenciatura em letras. Ou seja, não basta ter o domínio do idioma, eles precisam ser formados e preparados pedagogicamente”.
Cooplem Idiomas
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