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Cursos superiores são opções para driblar crise no mercado de trabalho

Segundo pesquisa, 56% dos estudantes de ensino médio não têm decisão afetada pela crise na escolha da faculdade. Em centro universitário, busca por pós-graduação é crescente

atualizado

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Em tempos de crise, é natural olhar com pessimismo todos os aspectos da sociedade e economia, seja para tentar compreender os motivos para tal, seja para buscar uma solução. E para quem está em uma universidade, à beira de ingressar no mercado de trabalho, o peso de uma decisão tende a aumentar, principalmente no atual cenário econômico. Isso torna importante optar por determinado curso em uma faculdade — ou mesmo mudar no meio do caminho.

Há, no entanto, quem veja esse tipo de estratégia natural com bons olhos. Números apresentados pelo Instituto Data Popular, em pesquisa encomendada pelo Sindicato de Mantenedoras do Ensino Superior (Semesp) reforçam isso. Segundo o estudo, 30% dos jovens e adultos entrevistados enxergam a crise como um incentivo aos estudos — especificamente, o ensino superior — e 26% são indiferentes à situação econômica do país.

Felipe Menezes/Metrópoles
Daniel Larfan, 29 anos, decidiu largar a área publicitária e se dedicar ao mundo da moda

 

A mesma pesquisa indica que 32% dos entrevistados desejam entrar na faculdade para ter boa remuneração salarial, 29% almejam melhores oportunidades de emprego e 20% querem crescer profissionalmente. Desses, 8% tem como maior sonho abrir um negócio próprio. Caso de Daniel Larfan, 29 anos, que decidiu largar a área publicitária para seguir o sonho de conseguir apoiar o design à liberdade criativa na moda, e assim optou por começar do zero o curso de Design de Moda, decisão que lhe gerou bons frutos.

Daniel já tem três premiações da categoria em casa — Capital Fashion Week, Dragão Fashion (Fortaleza) e B2B (São Paulo) — e iniciou seu próprio negócio, indo na direção oposta da crise. O que não quer dizer que foi fácil. “Foi uma mudança arriscada, sofrida, chorada, cheia de medo. Tive que trabalhar durante o dia e estudar à noite e ainda tem sido difícil”, conta.

Qualificação
A reitora do Centro Universitário IESB, Eda Coutinho, afirma que, mesmo com o aumento das taxas de desemprego, quem está na universidade deve ter uma visão otimista do cenário. “Deveria causar um efeito contrário. Os alunos deveriam ficar mais motivados e ver essa crise como uma oportunidade”, explica. Segundo a professora, esse é o momento para todos os alunos que estão na universidade e os que perderam o emprego refletirem sobre a importância de se qualificarem melhor

Quando acabar essa crise — e esperamos que não demore mais do que um ou dois anos —, haverá um aquecimento grande do mercado de trabalho. Aqueles que estiverem melhor preparados serão os que terão as melhores oportunidades de emprego

Eda Coutinho, reitora do IESB

IESB/Divulgação
Segunda a professora Eda Coutinho, os alunos devem ver a crise como uma oportunidade

Eda explica que no próprio IESB houve um aumento na base de alunos da pós-graduação, maior do que a busca pela graduação. Outro impacto da situação política do país foi na influência no interesse dos alunos que dependiam do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa Universidade para Todos (ProUni). Em casos específicos, algumas áreas receberam uma demanda maior de alunos. “As engenharias e outros setores da economia criativa tiveram mais procura. No caso do curso de cinema, a matrícula de calouros dobrou”, relata.

Além de ter mudado completamente de direção após ter estagiado e trabalhado em agências de publicidade em São Paulo, Daniel afirma que o curso de moda foi um aliado importante para que criasse seu negócio focado na alfaiataria masculina. Nele, pensa e confecciona novas peças a partir de tecidos descartados.

A noção de mercado, segundo ele, são exemplos de disciplinas que, geralmente, não estão atreladas à moda, porém preponderantes ao longo do aprendizado. “Não é simplesmente técnico, ele te ajuda a pensar. A partir daí, cada um interpreta da sua maneira”, acrescenta.

Paralelo à moda, Larfan afirma ter o hábito de estudar empreendedorismo e economia criativa, que diz ser importante para viver no contexto econômico atual, além de um adicional bem-vindo para a própria área. “Tenho livros de países que atravessam essa crise, mas a economia criativa tem sobressaído a esse mar de sangue. Quem apresenta produtos criativos e diferentes está nadando em um oceano azul.”

2º Processo Seletivo do IESB – Vestibular agendado
Inscrições: até 5 de agosto
Locais para inscrição:
» www.iesb.br
» Campus Edson Machado, localizado no SGAS Quadra 613, Conjunto “G”, Av. L2 Sul
» Campus Giovanina Rímoli, localizado no SGAN Quadra 609, Conjunto “D”, Av. L2 Norte
» Campus Liliane Barbosa, localizado na QNN 31, Área Especial B e C, Lote D, Módulo E, Ceilândia
Vagas: 4.340, sendo 1.950 no período matutino, 40 para o vespertino e 2.350 para o noturno
Enem: o candidato que realizou a prova do ENEM, a partir do ano de 2010, poderá efetivar a matrícula sem a necessidade de prestar o vestibular, caso tenha obtido no exame aproveitamento igual ou superior a 30% da nota em cada uma das provas, incluindo a nota de Redação.

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