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Pastel de nata e café, uma dupla imbatível (e barata) em Portugal

Felicidade é uma coisa muito simples e a idade ensina que a gente não precisa de muito. Um pastel de nata e um café são uma combinação perfeita, um desses pequenos momentos felizes que fazem a vida mais verdadeira. Mas o que há de tão especial nessa dupla? Primeiro, o café. Qualquer boteco de quinta, […]

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Portuguese egg tart pastry Pastel de nata on a plate with a cup of black coffee
1 de 1 Portuguese egg tart pastry Pastel de nata on a plate with a cup of black coffee - Foto: istock

Felicidade é uma coisa muito simples e a idade ensina que a gente não precisa de muito. Um pastel de nata e um café são uma combinação perfeita, um desses pequenos momentos felizes que fazem a vida mais verdadeira. Mas o que há de tão especial nessa dupla?

Primeiro, o café. Qualquer boteco de quinta, qualquer tasca serve um excelente café expresso em Portugal. Já testei vários e nunca me decepcionei. Curto, normal ou cheio, como se diz aqui. Sempre cremoso e forte, como um expresso deve ser. E incrivelmente barato, se comparado ao que é pago por um café expresso no Brasil, que vem muitas vezes aguado pela ganância dos restaurantes e bares. De € 0,50 a € 0,65, em média. Entre R$ 2 e R$ 2,50.

Um amigo, que aqui reside há oito anos e é um “cafezeiro” por excelência, criou o “índice café”, assim como existe o “índice Big Mac”, que compara o preço do sanduíche em diferentes países do mundo para avaliar o poder de compra de cada moeda. Ele me garantiu que o café expresso em Portugal é um dos melhores e mais baratos de toda a Europa. Café que a gente sabe de onde vem, já que aqui não se planta. Brasil, Vietnã, Colômbia, Angola…

Duas curiosidades sobre o café: nas gôndolas dos supermercados em Portugal, como em toda a Europa, o que predomina são as cápsulas, muito mais do que a versão em pó ou solúvel. E, ao pedir um café em qualquer lugar, o atendente não vai lhe perguntar: “açúcar ou adoçante?”. Via de regra, vai trazer o café com um sachê de açúcar. Você é que tem que pedir o adoçante… Vai entender…

O par do café é um verdadeiro patrimônio gastronômico português, o pastel de nata. Muita gente conhece como pastel de Belém. É rigorosamente a mesma coisa, uma questão de propaganda e tradição. Este delicioso doce português, uma massa folhada crocante com um recheio cremoso feito com ovos, creme de leite e açúcar, nasceu – diz a lenda – na região de Belém, Lisboa, em 1837, criado pelos monges do Mosteiro dos Jerônimos.

Os doces são vendidos até hoje, conforme uma “receita secreta e original”, pela confeitaria Pasteis de Belém. O que não faz uma boa propaganda, hein? Afinal, eles vendem 20 mil pastéis de nata (ops, de Belém) por dia! Mas você come excelentes pasteis de nata fabricados em centenas de lugares, inclusive há importantes concursos anuais que elegem o melhor do país.

Mas, voltando à dupla fantástica, peça um café expresso (ou uma “bica”, como se diz em Portugal) e um pastel de nata. Em milhares de cafés e confeitarias (que aqui se chamam pastelarias). De preferência, bem quentinho, recém-saído do forno. Com canela em pó por cima ou não. Dê a si mesmo esse presente, num final de tarde ou no meio da manhã. É a prova de que a felicidade tem preço, sim. E custa só um euro e alguns cêntimos.

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