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Como sobreviver numa ilha cheia de bananeiras, se você odeia bananas?

Além das frutas, que não me descem, o amor ao craque CR7 está no DNA da Ilha da Madeira, nosso refúgio de fim de ano em Portugal

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Gui Pacheco/Arquivo pessoal
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1 de 1 portuguesices - Foto: Gui Pacheco/Arquivo pessoal

Quando criança, por vezes eu tinha um pesadelo terrível, em que me via perdido em uma ilhota deserta, cuja única fonte de alimentos eram bananas. E no sonho eu me desesperava, pois odiava bananas e morreria de fome.

Não me perguntem o porquê, mas eu sempre detestei bananas. Só o cheiro já me causa náuseas. Antes que me digam que é frescura ou que faltou “pulso” de minha mãe na infância, lhes digo que banana (e jaca também) são as únicas frutas que não descem de jeito algum. Acredito que crianças devem ser estimuladas a comer de tudo, mas, sinceramente, acho que a elas deveria ser dado o direito de não comer duas frutas à escolha.

Essa longa digressão só para lhes dizer que a sensação do pesadelo aconteceu comigo quando cheguei à Ilha da Madeira, onde vim descansar nesse fim de ano com a família. Antes de aterrissar, a primeira experiência madeirense, com o aviso da comissária de bordo: “Em instantes, aterraremos no Aeroporto Cristiano Ronaldo, na Ilha da Madeira…”. Pensei: “Vamos descer no aeroporto particular do grande atleta?” Não.

Pasmem, o aeroporto internacional da Ilha tem o nome do mito. E eu que achava que só se dava nome de mortos (às vezes nem tão famosos ou merecedores assim) a logradouros ou grandes construções públicas. Fato é que o personagem mais famoso nascido na Madeira, vivinho da Silva com seus apenas 33 anos é onipresente na Ilha.

Tem a Praça CR7, o Hotel Pestana CR7, do qual ele é sócio, além das quinhentas mil lembrancinhas da Ilha da Madeira com o rosto do Cristiano Ronaldo. São os novos tempos globalizados. Os famosos bordados artesanais da Ilha da Madeira, que encantavam os nossos avós foram substituídos por chaveiros “made in China” com a cara do CR7.

Mas voltando às bananas. A Ilha da Madeira é montanhosa e suas encostas são forradas por bananeiras. Há terrenos e mais terrenos onde se cultivam as árvores, que não são originárias da ilha, mas segundo as fontes históricas, foram introduzidas no século 16, vindas de Cabo Verde ou das Ilhas Canárias. Nunca tinha visto nada igual. É realmente impressionante.

Infelizmente, por razões técnicas já citadas acima, não poderei descrever o gosto da fruta, mas dizem as fontes que a banana da Madeira, menor que a sul-americana, é mais doce e tem um paladar mais acentuado. A banana é um produto tão famoso da ilha que mereceu um comercial de televisão estrelado por nada mais nada menos que a segunda celebridade mais famosa da Madeira: a Sra. Dolores Aveiro, mãe do Cristiano Ronaldo. No filme, bem produzido, ela ressalta as qualidades da banana e diz que sempre levava para o filho, fosse em Manchester ou em Madri, onde ele jogou. E arremata, em sua simpatia: “Para mim, a 2ª melhor exportação da Madeira…”

Não dá para comparar a sensação de estar numa ilha que faz parte de Portugal com a de passear por outras ilhas ou arquipélagos brasileiros. Fernando de Noronha, Ilha Grande, Ilha Bela ou qualquer outra gigante do nosso litoral não deixam de ser um apêndice do continente. A Madeira é diferente: é um pedaço de Portugal fora de Portugal continental; não é outro país, mas é como se fosse, dada a sua vida relativamente independente, seus costumes, sua gastronomia e sua cultura.

Outro destaque da Ilha da Madeira é a queima de fogos de artifício no Réveillon, certificada pelo Guinness Book como a maior do mundo.

Mas isso eu só poderei confirmar para vocês, meus leitores, na semana que vem, quando contarei outros pormenores da terra do Cristiano Ronaldo. Quem sabe a gente não esbarra no ídolo?

Assim deixo a vocês essa mensagem para 2019:

Acreditem! Persigam os seus sonhos. Não desistam! Tatuem no seu corpo os seus desejos, assim como o meu Joãozinho escreveu na própria chuteira o desejo de encontrar o CR7

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A queima de fogos foi certificada pelo Guinness Book como a maior do mundo
Cachoeira também há por aqui...
... Assim como o desejo de se encontrar com o filho mais ilustre dessa ilha, Cristiano Ronaldo: desejo que meu filho marcou em sua chuteira
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Ilha da madeira, um pedaço impressionante de Portugal

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A queima de fogos foi certificada pelo Guinness Book como a maior do mundo

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Cachoeira também há por aqui...

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... Assim como o desejo de se encontrar com o filho mais ilustre dessa ilha, Cristiano Ronaldo: desejo que meu filho marcou em sua chuteira

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