Temos que admirar artistas pelo talento, não pela sexualidade
Pabllo Vittar, Ney Matogrosso, Johnny Hooker e Ana Carolina são exemplos de cantores LGBTs que romperam o preconceito
Luiz Prisco
atualizado
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Na última semana, ouvi de quatro meninas diferentes: “Meu namorado é gay por gostar da Pabllo Vittar?”. Confesso que fiquei surpreso com o questionamento. Admiramos um artista por conta do seu talento ou pela sua sexualidade?
Pabllo Vittar rompeu uma barreira importante. Toca nas rádios como drag queen, grava com Anitta, faz programa na televisão aberta. Isso seria inimaginável há anos atrás. Até mesmo para transformistas consagradas, como a talentosa Rogéria.
É evidente que o apoio da comunidade LGBT alçou Pabllo ao estrelato. Mas ela superou isso e, graças ao seu talento, tem fãs héteros. Assim como outras artistas, gays ou lésbicas, que tiveram ou têm carreiras de sucesso.
Maria Gadú, Ana Carolina e Ney Matogrosso não têm apenas admiradores gays. Romperam essa barreira. Assim como Renato Russo e Cazuza: dois dos maiores poetas do rock nacional.
Ser fã de um cantor não define a sexualidade de ninguém. Esse é mais um preconceito, é como dizer que homem não pode usar a cor rosa. Muitos admiram Elton John e nem por isso têm a heterossexualidade “ameaçada”.
Gostar ou não de um cantor ou ator é reconhecer talento, não importa aquilo que a pessoa faz entre quatro paredes. Ainda bem!