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Quatro herdeiros de Roriz enfrentarão Rollemberg. Sete correm por fora

A quantidade de candidatos possibilitará que um deles vá para o segundo turno com poucos votos

Autor Hélio Doyle

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Palácio do Buriti
1 de 1 Palácio do Buriti - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Acabou mesmo a polarização entre azuis e vermelhos no Distrito Federal. Foram-se os tempos em que as eleições para governador eram ferrenhamente disputadas entre o grupo comandado por Joaquim Roriz, de um lado, e o PT e seus aliados de outro. A briga eleitoral era entre a “esquerda” e a “direita”. À “terceira via” era destinado o terceiro lugar, salvo em 2006 e 2014, quando José Roberto Arruda (PR) e Rodrigo Rollemberg (PSB) foram eleitos e o PT não foi para o segundo turno.

Nas próximas eleições para governador, em outubro, serão no mínimo 10 e talvez 12 candidatos, sendo quatro deles com origem no antigo bloco rorizista. O PT, que desde 1994 sempre liderou uma aliança de vários partidos, vai disputar sozinho. Diante do grande número de postulantes e do previsto elevado número de abstenções e votos nulos e em branco, é possível que um candidato vá para o segundo turno com menos de 20% dos votos válidos, o que pode significar apenas 10% dos eleitores.

Até poucos dias atrás, parecia que a disputa seria entre o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o ex-deputado Jofran Frejat (PR). O deputado Izalci Lucas (PSDB) e a ex-distrital Eliana Pedrosa (Pros) se colocavam como terceira via, mas se falava até em decisão no primeiro turno. Frejat e Izalci, porém, não são mais candidatos e novos protagonistas e coadjuvantes surgiram no cenário eleitoral.

A desistência de Frejat dividiu o grupo que o apoiava em duas chapas, uma vinculada ao ex-governador Arruda (PR) e outra ao ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB). O candidato de Arruda, e que tem o apoio de Frejat, é o deputado Alberto Fraga (DEM). O de Filippelli é o advogado Ibaneis Rocha, de seu partido.

As duas outras chapas de originários do bloco rorizista seriam lançadas independentemente de Frejat ser ou não candidato. Eliana Pedrosa tem o apoio das filhas do ex-governador Roriz e na sua lista para deputado federal está Joaquim Roriz Neto (Pros). O deputado Rogério Rosso (PSD) ocupou o lugar de candidato ao governo que parecia destinado a Izalci – o tucano disputará o Senado na chapa de Fraga.

O governador Rodrigo Rollemberg vai tentar a reeleição em aliança, até agora, apenas com o PV e a Rede Sustentabilidade, o que lhe dá restrito apoio político e pouco tempo de televisão para enfrentar as críticas de todos os demais concorrentes e convencer a população de que fez um bom governo.

A esquerda tem dois candidatos: os professores Antonio Guillen (PSTU) e Fátima Sousa (PSol). A centro-esquerda divide-se entre o candidato do PT, o economista Júlio Miragaya, e o pastor Peniel Pacheco, do PDT – que não entrará na disputa se o PSB apoiar o pedetista Ciro Gomes para presidente da República e, em troca, os trabalhistas apoiarem Rollemberg.

Dois militares também disputam o governo de Brasília: o general Paulo Chagas, pelo PRP, e que se identifica com o ideário do capitão Jair Bolsonaro; e o major bombeiro Paulo Thiago, do PRTB – caso, até o dia 5, esse partido não resolva aderir a uma das coligações maiores.

A extensa lista de candidatos ao Palácio do Buriti se completa com o empresário Alexandre Guerra, do Novo, defensor do ideário liberal.

Em um quadro assim, tudo pode acontecer. A quantidade de candidatos possibilitará que um deles vá para o segundo turno com poucos votos, e uma pequena diferença poderá indicar quem ficará em segundo e quem sobrará em terceiro lugar.

A fragmentação da “direita” favorece a ida de Rollemberg ao segundo turno. O PT, apesar do desgaste, tem um eleitorado fiel, que pode chegar a 10%. E não se deve descartar que um dos que correm por fora, como Alexandre Guerra, Fátima Sousa ou Paulo Chagas, possa criar uma onda favorável e se aproximar dos candidatos dos grandes partidos, apesar das desvantagens impostas a eles pela legislação eleitoral.

No segundo turno, haverá uma nova eleição, com tempo maior e igual para os dois candidatos na televisão e debates mais objetivos, cara a cara. A questão é chegar lá.

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