Para fazer meu pai tomar a vacina, apelei a Xuxa e Mumuzinho
Nesse sábado (3/7), me vacinei em Recife (PE). No entanto, até agora, meu pai continua se recusando a receber o imunizante
Leo Dias
atualizado
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Este texto não tem cunho político, que fique claro. Sou filho de um coronel reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que chegou a ser subsecretário de Segurança no governo Marcello Alencar. Após sair da polícia, meu pai se voltou para Deus. Ele vai à missa todos os dias, às 7h da manhã.
Há dois anos, ele passou por um câncer na próstata. Refiro-me a Helmo Dias, 76 anos, eleitor de Bolsonaro. Nesse sábado (3/7), me vacinei em Recife (PE). No entanto, até agora, meu pai continua se recusando a tomar o imunizante.
Cada hora é uma desculpa: “Vou esperar a da Pfizer”; “Li que dá trombose”; “Recebi um estudo no meu grupo do WhatsApp sobre os malefícios da vacina”, e por aí vai.
Meu pai sempre ditou as regras da casa. Ele só teme a Deus. Hoje, me vi sem saída e decidi “jogar baixo”. Meu pai adora o Mumuzinho e sempre admirou demais a Xuxa.
Neste domingo (4/7), tanto Mumu quanto Xuxa entraram em contato com o “coronel” Helmo. Abaixo segue o texto da Xuxa:
Quanto à vacina, ele disse que vai, mas eu mantenho vocês informados.
Leo Dias é colunista do Metrópoles