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O Brasil do futuro vai nascer dentro do Biotic

Sociedade não precisa de mais um parque tecnológico dependente de recurso público, pois quer ambiente autônomo, colaborativo e inovador

Autor Mario Henrique Lima

atualizado

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Aproveitando a demanda por maior eficiência da máquina pública em âmbito local e nacional, o Biotic tem chamado atenção de organizações dos governos federal e do Governo do Distrito Federal (GDF) para acelerar soluções inovadoras em GovTech e cidades inteligentes.

Exemplo é uma parceria que promete impactar fortemente o setor jurídico em âmbito nacional por meio do uso de inteligência artificial. Outro exemplo é a iniciativa LivingLabs para cidades inteligentes – em conjunto com Universidade de Brasília (UnB), Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão do DF (SEPLAG), Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) –, cujo objetivo é apoiar o desenvolvimento de soluções com foco em cidade, cidadania e educação. O Biotic pode se tornar vitrine de soluções para as cidades brasileiras.

Começamos o ano também muito animados com a melhoria do ambiente de negócios. Em 2019, o governo federal deve investir cerca de R$ 5 bilhões em tecnologia. Estamos trabalhando para que boa parte desses recursos sejam utilizados para acelerar startups locais com potencial de atuação nacional.

Em dezembro de 2018, assinamos cooperação com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que deve investir fortemente em Blockchain por meio de inovação aberta. Com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o fundo de venture capital Cedro Capital, a SP Ventures, Cotidiano e Aceleratus, firmamos parceria na iniciativa Pontes para a Inovação, que selecionou no mês passado oito entre 92 startups participantes para investimento da ordem de R$ 6 milhões neste ano, além da possibilidade de essas empresas habitarem o parque.

A sociedade não precisa de mais um parque tecnológico tão dependente de recurso público. O que se quer é um ambiente autônomo, colaborativo e fomentador de inovação e de empreendimentos conectados com as necessidades das pessoas e viabilizados em parceria com talento e dinheiro da iniciativa privada

O modelo do Biotic nasce com essa pegada e já está servindo de exemplo para outras iniciativas no país. O MCTIC propôs recentemente reformular o programa nacional de apoio aos parques tecnológicos, prevendo o uso dos fundos de investimento como instrumento para viabilizar a participação do capital privado, a exemplo do apresentado no modelo do Biotic.

Do ponto de vista do seu projeto imobiliário, já no mês de fevereiro apresentaremos o master plan para a área de 1 milhão de metros quadrados do parque. Contratado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e financiado pela Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), esse trabalho tem sido desenvolvido pelo renomado arquiteto Carlo Ratti, diretor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Em paralelo, os resultados preliminares do estudo desenvolvido pela consultoria da Ernst&Young são muito promissores e demonstram, por exemplo, apenas para a BIOTIC S.A. (responsável pela gestão e desenvolvimento do parque), receita potencial da ordem de R$ 800 milhões/ano na sua fase de estabilização (de 12 a 15 anos).

Essa análise afirma também que o parque deve gerar arrecadação acima de R$ 1,8 bilhão de impostos ao longo dos próximos 20 anos e que haverá mais de mil startups instaladas se relacionando com cerca de 40 grandes empresas (âncoras) nesse promissor ambiente de inovação. Algumas tratativas já estão em curso, como a interlocução com Banco do Brasil, BRB e CNPq, que têm interesse em estarem presentes no ambiente de inovação oferecido pelo parque.

Segundo dados do Sebrae, com apenas seis meses de atuação, o Biotic já recebeu cerca de 5 mil pessoas e acolheu mais de 100 eventos, entre cursos, palestras, hackatons e oficinas. Isso prova que o parque é um ambiente de colaboração onde os atores têm a liberdade de se reconhecer e buscar sinergias em projetos que sejam bons para toda a sociedade.

Inovação tecnológica se faz assim, sonhando e trabalhando juntos. Ficamos honrados com a instalação e apoio de organizações tão relevantes para o desenvolvimento, quais sejam: Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra-DF), Anprotec, ABPTI, Sebrae, IBTI, Tecsoft e FAP-DF, além de cinco startups instaladas.

O setor acadêmico vibra com a criação do parque. Além da presença do Instituto Federal Brasileiro (IFB), estão em trâmite acordos de cooperação com a UnB, a Universidade Católica de Brasília (UCB) e em breve com o Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e o Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB).

O parque chama atenção também em cenário internacional, tento firmado protocolo de intenções com a Cornell University e, em breve, uma parceria com o IGTIC do Cazaquistão. Está no pipeline a assinatura de carta de intenção com uma universidade alemã para instalação de escola de negócios focada em gestão da inovação.

E que venha 2019! Ficamos felizes em ver o governo que se inicia acreditar nesse projeto inovador, que vai reafirmar o Distrito Federal como referência para o desenvolvimento do Brasil.

Mario Henrique Lima é diretor-presidente da BIOTIC S.A.

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