Ibaneis sai na frente, toma medidas enérgicas e dá exemplo ao país
Também temos de tirar o chapéu para os profissionais de saúde do DF, que estão dando um show de responsabilidade e humanidade
Lilian Tahan
atualizado
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Não se faz necessário desenhar para termos noção da crise em que estamos mergulhados. Os gráficos nos ajudam a fazer projeções, mas, a despeito deles, toda a rotina ao nosso redor está alterada, o que, didaticamente, nos contextualiza o tamanho do abacaxi que temos para descascar.
Escolas e universidade estão fechadas. As agências bancárias não podem receber clientes. É ponto facultativo para servidores locais e o comércio será obrigado a cerrar as portas. Só funcionarão mercados, farmácias e padarias.
Em cenário de guerra, quem lida melhor com as armas que tem é capaz de salvar seus soldados, e toda uma nação.
A arma de um governante é o poder de decidir. E o governador Ibaneis Rocha tem reagido prontamente ao enfrentamento da crise. Ninguém domina o manual das medidas estritamente necessárias em uma catástrofe desta proporção. Mas, se houver algum pecado, será por excesso de zelo.
Ibaneis chegou a ser criticado, em um primeiro momento, quando iniciou uma série interminável de edição de decretos restringindo as atividades no DF. Mas, em pouco tempo, os brasilienses perceberam que as ações são cautelares. Muitos cidadãos passaram a fazer sua parte.
Nos grupos da família, de trabalho, do próprio governo, todo mundo está de olho nos próximos decretos de Ibaneis e sua rede de secretários, muitos deles totalmente engajados no combate à proliferação do coronavírus no DF.
Ibaneis acerta em cheio ao não deixar passar nada, incomode a quem incomodar. Claro que todas estas medidas terão um impacto financeiro em empresários grandes, médios e pequenos.
Daí a importância crucial da área financeira em encontrar medidas, como as linhas de crédito mais acessíveis, para furar esta onda e não deixar que o tsunami mate de inanição a comunidade que luta para sobreviver ao coronavírus.
Conversei hoje com dois secretários de governo que me relataram o esforço para manter os serviços na ponta, o que também garantirá um pingo de normalidade em meio a tantas rotinas alteradas.
Abastecimento de água, tratamento de esgoto, recolhimento do lixo, sinalização no trânsito não podem parar. Desde que todos os protocolos de segurança sejam atendidos, é acertada a condução neste sentido.
E se o líder da comunidade brasiliense cumpre seu dever de ofício, o que nos traz um certo alento, há uma turma – a que está trabalhando nos hospitais públicos e privados – para quem a gente precisa tirar o chapéu.
Os profissionais de saúde estão dando um show de responsabilidade e humanidade. Seguem firmes no propósito de cuidar dos nossos doentes. Por enquanto, são 61. Mas este número ainda vai crescer muito antes da cura. Que Deus nos proteja e os gestores continuem firmes.