Google se torna importante ferramenta de combate às fake news
Quando recebemos algo muito chamativo pelo WhatsApp, que é a ferramenta que mais ajuda a propagar as já famosas fake news, devemos ao menos desconfiar e fazer uma pesquisa. E uma arma que temos para tentar combater a onda de notícias falsas é o Google, que usamos diariamente para, muitas vezes, responder perguntas. Ao se […]
LEO RENATO
atualizado
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Quando recebemos algo muito chamativo pelo WhatsApp, que é a ferramenta que mais ajuda a propagar as já famosas fake news, devemos ao menos desconfiar e fazer uma pesquisa. E uma arma que temos para tentar combater a onda de notícias falsas é o Google, que usamos diariamente para, muitas vezes, responder perguntas.
Ao se deparar com uma notícia duvidosa nas redes sociais ou no próprio WhatsApp, normalmente recorremos (ou deveríamos recorrer) a uma pessoa de nossa confiança que tem entendimento sobre o assunto. Mas quando não sabemos de ninguém próximo que seja expert naquele tema, podemos perguntar ao nosso guru: o Google. Além de serem nossos conselheiros pessoais, os buscadores também se tornaram ferramentas para checarmos informações.
Explico: a ideia de “se não está no Google, não existe” deve ser levada muito a sério. Se tem uma empresa que possui credibilidade entre nós, essa empresa é o Google. Ele sempre te oferece o melhor resultado para o que você está pesquisando. Ou seja, ele te auxilia e, em troca, gera uma boa experiência. E, normalmente, confiamos em quem nos ajuda.
Nessa briga contra as fake news, o Facebook tem uma cartilha com dez dicas para evitar que esse tipo de notícia seja propagada rapidamente e também fez parcerias com agências de checagem para analisar conteúdos. E agora o Google voltou os olhos ao YouTube. Nesta semana, a empresa anunciou mais algumas medidas para tentar conter a disseminação de notícias falsas. Em parceria com a rádio Jovem Pan, o grupo Vox Media e o jornal India Today, o Google vai investir US$ 25 milhões para ajudar os veículos a produzir conteúdo em vídeo.
Além disso, os canais de veículos que são considerados confiáveis terão prioridade nas buscas do YouTube quando houver um acontecimento importante. A empresa disse que deixará as fontes de notícias com destaque na plataforma, principalmente na sequência de notícias de última hora (as “breaking news”), quando a desinformação pode se espalhar numa velocidade assustadora.
Quando há boatos recentes, como acidentes e/ou grandes tragédias, que se disseminam rapidamente, o vídeo tradicional não funciona. Isso porque os veículos de notícias levam tempo para produzir o conteúdo em vídeo.
Por conta disso, o YouTube pretende quebrar essa linha de transmissão de informações erradas também com links para sites e textos de fontes confiáveis que podem ter informações mais precisas de forma mais rápida. A ideia é oferecer uma experiência melhor aos usuários que acessam o YouTube para que saibam mais sobre o que está acontecendo a partir de diversas fontes.
Nessa bagunça que é a internet, a responsabilidade na maior parte das vezes continua sendo nossa, que muitas vezes compartilhamos informações sem ao menos checar, apenas porque concordamos com o que está escrito. As ferramentas são apenas meios. E depois das eleições americanas em 2016, as grandes redes e sites tentam conter o avanço das fake news.
Todos nós sabemos que as intenções de quem cria conteúdos falsos não são as melhores. Por isso, veículos e usuários devem se juntar para evitar a desinformação. Então, pense bem antes de retuitar, compartilhar ou encaminhar uma mensagem. Esses segundos para checar a informação logo após o recebimento da mensagem são de extrema importância. Muitas empresas estão fazendo a parte delas. Resta a nós, usuários, nos precavermos e evitar que as notícias falsas se propaguem.