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Disputa pelo segundo turno no DF vai se acirrar ainda mais

Com o empate técnico entre os candidatos, tendem a aumentar as acusações e duelos verbais

Autor Hélio Doyle

atualizado

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A elevação de tom nas acusações que Rogério Rosso (PSD) tem feito a Rodrigo Rollemberg (PSB), que responde no mesmo nível, é apenas mais uma consequência da disputa ferrenha, entre os candidatos ao GDF, para passar ao segundo turno das eleições de outubro. As pesquisas mostram que há quatro deles na briga pelas duas vagas, mas atrás vêm outros que ainda podem crescer nesses 27 dias de campanha.

Sem cair no erro de comparar pesquisas feitas por institutos diferentes, o chamado empate técnico tem sido comum a todas, mas com a ex-deputada Eliana Pedrosa (Pros) à frente. A única exceção foi em uma sondagem surgida de repente, feita por um desconhecido instituto do qual ninguém já tinha ouvido falar e publicada com retumbância por um jornal que apoia o governador Rodrigo Rollemberg.

O empate técnico permite que a ordem de colocação dos candidatos mude bastante, e por isso não é correto alardear liderança quando existe essa situação. A equipe de Rollemberg produziu uma peça publicitária com um enganoso título dizendo que ele lidera “empatado com outro candidato”, sem, claro, citar quem é o “outro” (que é outra) e omitindo o índice dela.

Na verdade, Rollemberg está empatado com outros três candidatos. Pode ter de 12% a 18% das intenções de voto, pode estar na primeira ou na quarta colocação.

Um exemplo com base na última pesquisa Datafolha pode demonstrar isso. A ordem foi:

1) Eliana – 18%
2) Rollemberg – 15%
3) Rosso – 12%
4) Alberto Fraga (DEM) – 10%
5) Ibaneis Rocha (MDB) – 4%
6) Alexandre Guerra (Novo), Fátima Sousa (PSol), Júlio Miragaya (PT) e Paulo Chagas (PRP) – todos com 3%

Mas poderia ser, em exercício livre:

1) Rollemberg – 18%
2) Eliana – 15%
3) Rosso – 9%
4) Fraga e Ibaneis – 7%
6) Guerra, Fátima, Miragaya e Chagas – 6%

Ou poderia ser:

1) Eliana – 15%
2) Rosso – 14%
3) Fraga – 13%
4) Rollemberg – 12%
5) Guerra, Fátima, Miragaya e Chagas – 6%
6) Ibaneis – 2%

Acusações e duelos verbais
Enfim, há inúmeras variações para os mesmos números, e não dá mesmo para dizer ainda quem irá para o segundo turno. Por isso tendem a aumentar as acusações e duelos verbais, como as entre Rosso e Rollemberg, e cada momento da campanha é importante para o candidato tentar se firmar.

Isso os coloca em situações difíceis, pois ao mesmo tempo em que precisam se diferenciar dos adversários e colocá-los em desvantagem, pesquisas qualitativas mostram que os eleitores não gostam de agressões excessivas.

Se Eliana Pedrosa – ou qualquer outro – se descolar do grupo embolado e firmar sua posição, terá melhores condições para evitar entrar na guerra de acusações. Mas os que vêm atrás podem se sentir tentados a atacar seus adversários mais próximos, em busca do segundo lugar. Terão de se preocupar com a medida certa para esses ataques, diante dos eleitores, e também em não perder possíveis aliados no segundo turno.

Por isso os candidatos preferem ver seus adversários pressionados e tendo de responder a perguntas de jornalistas que, ao serem duros, estão apenas fazendo seu papel.

Há jornalistas que às vezes exageram e confundem entrevista com interrogatório, e outros que deixam transparecer suas preferências ao perguntar e comentar a resposta do candidato, mas, de modo geral, o comportamento dos profissionais tem sido correto.

O âncora Fábio William, por exemplo, exerceu bem sua função na primeira entrevista da série que o DFTV da hora do almoço, da Rede Globo, está fazendo com cinco dos candidatos. Não se constrangeu nem deu refresco ao governador Rodrigo Rollemberg, e espera-se que mantenha a postura com os demais candidatos.

São entrevistas assim (que poderiam ser com todos os políticos na disputa, não só com alguns) e sabatinas como a realizada pelo Metrópoles – e à qual Rollemberg não foi – que dão aos eleitores uma ideia mais clara de quem são os candidatos e o que pretendem.

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