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Disputa embolada deve levar candidatos ao GDF a se atacarem no debate

Mas, no evento promovido pelo Metrópoles nesta segunda (24/9), não faltarão as promessas que tornarão Brasília um “paraíso” em quatro anos

Autor Hélio Doyle

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
1º Debate Metrópoles – pré-candidatos ao GDF
1 de 1 1º Debate Metrópoles – pré-candidatos ao GDF - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Quem vai atacar quem. Essa é, nos meios políticos, a maior expectativa diante do debate que o Metrópoles realiza nesta segunda-feira (24/9) com os candidatos a governar o Distrito Federal. Os diversos empates técnicos entre candidatos, apontados em todas as pesquisas, estão levando a um acirramento de denúncias, acusações e até ofensas entre os candidatos, diretamente ou por meio de suas equipes e apoiadores nas redes sociais. Ao se aproximar o dia da eleição, aumenta o desespero dos que sentem que podem ficar fora do segundo turno.

O debate, que ineditamente será transmitido por sete emissoras de rádio do Distrito Federal, poderá ajudar os eleitores a conhecer melhor os postulantes, seja pelo que propõem, seja pela postura que adotarem. Os estrategistas e assessores dos candidatos sempre ficam confusos nestes momentos mais tensos: atacar os adversários será uma atitude positiva ou negativa perante os eleitores? Há controvérsias.

Mesmo entre os estudiosos de campanhas eleitorais há divergências em relação a isso, não só quanto aos debates como em relação à propaganda veiculada pelas emissoras de rádio e televisão. Além disso, uma situação observada e analisada em outros países, como Estados Unidos ou França, por exemplo, não pode ser mecanicamente transplantada para o Brasil, pois as realidades são muito diferentes.

Há também diferenças entre os níveis de ataques, percebidos pelos eleitores. Uma coisa é ofender pessoalmente, outra é fazer uma crítica a uma ação ou a um comportamento político ou social. Para muitos eleitores, é importante que os candidatos mostrem no que consideram se diferenciar de seus adversários. E que apontem pontos negativos dos outros, que os eleitores querem conhecer

Para parecerem corretos, alguns entrevistados para pesquisas de opinião condenam as acusações trocadas entre os candidatos e dizem que querem ouvir propostas e projetos. Nem sempre estão dizendo a verdade, pois gostam mesmo é quando os debates esquentam com os concorrentes se atacando e mostrando os problemas dos outros, mas em um nível que não chegue à baixaria.

É claro que a maioria dos eleitores quer também saber o que os candidatos pretendem fazer no governo, especialmente nas áreas com as quais a população mais se preocupa: saúde, segurança, educação, emprego, mobilidade. Mas o descrédito dos políticos é tão grande que poucos acreditam no que é prometido, ainda mais quando essas promessas não parecem viáveis.

Promessas mirabolantes
As promessas mirabolantes e muito provavelmente irrealizáveis dos candidatos têm sido a marca desta eleição em Brasília. A julgar pelo que falam alguns, os servidores públicos viverão em um paraíso, com moradias construídas especialmente para eles, hospital privativo, aumentos salariais constantes, pecúnias milionárias ao se aposentarem, quadros nos órgãos públicos totalmente preenchidos por inúmeros concursos.

A cidade estará perfeita, pois serão construídos muitos hospitais e postos de saúde, linhas de metrô e VLT, viadutos em todos os locais onde há congestionamentos, centenas de quilômetros de ciclovias, creches que zerarão a demanda. Haverá equipes completas de saúde da família e escolas em tempo integral em todo o território, a criminalidade será extinta, empregos florescerão, cada segmento da sociedade terá uma secretaria ou subsecretaria para cuidar de seus interesses.

Essas e outras promessas deverão ser repetidas no debate de logo mais, mas dificilmente os candidatos deixarão de atacar os adversários que sentem que os ameaçam mais de perto. É assim que tem sido.

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