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Ciência e inovação são essenciais para o desenvolvimento econômico do Brasil

Investir em ciência e tecnologia reduz a dependência de importação de tecnologias e fortalece a soberania nacional

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No mundo cada vez mais globalizado e competitivo, o investimento em ciência, tecnologia e inovação permite gerar bens com maior valor agregado, aumentar a produtividade e criar soluções para os desafios sociais e ambientais, sendo essenciais para que o país se posicione como uma potência global em setores estratégicos e enfrente os desafios do futuro com maior resiliência.

A ciência é base para a inovação, e investimentos em pesquisa científica básica resultam em descobertas com aplicação prática na economia. Parcerias entre universidades e o setor privado são, portanto, fundamentais para transformar conhecimento acadêmico em soluções reais, constituindo-se assim, em relevantes contribuições para a educação e para a pesquisa.

Inovação exige capacitação do capital humano desde o nível técnico até os graduados, mestres e doutores. Exige também o fomento ao empreendedorismo de base tecnológica e a criação de empregos de alta qualidade.

Com base nas políticas públicas de incentivo à inovação, a USP, Unicamp, Unesp e o Senai-SP, com o apoio da Fapesp, têm promovido a implantação de novos ambientes de inovação favoráveis para startups e empresas de base tecnológica.

Esses ambientes, presentes em praticamente todas as regiões paulistas, já funcionam como polos de desenvolvimento tecnológico, onde empreendedores, em todos os níveis, desenvolvem soluções de impacto local, regional e global. Essa iniciativa de integração entre essas instituições configura-se como estratégia essencial para impulsionar o desenvolvimento econômico.

A inovação pode também oferecer soluções para desafios socioambientais, como desmatamento, mudanças climáticas e desigualdade social. Tecnologias voltadas para energias renováveis, agricultura regenerativa e saneamento básico têm impacto direto na qualidade de vida da população, sendo, portanto, essenciais para a promoção da sustentabilidade e da inclusão social.

Soberania

Ao investir em ciência e tecnologia, o Brasil pode reduzir a dependência de importação de tecnologias e produtos estrangeiros. Isso fortalece a soberania nacional em áreas estratégicas, como saúde, energia, agronegócio e defesa, sendo evidentemente necessárias para a redução da dependência externa.

Para o desenvolvimento de uma indústria forte e inovadora, se faz necessário, cada vez mais, avanços nas áreas da manufatura avançada, inteligência artificial, biotecnologia, nanotecnologia e na agroindústria.

Além disso, são também urgentes a transformação digital e a descarbonização das empresas de todos os portes, de modo a que sejam inseridas de maneira harmônica nesse desafio.

Embora a ciência e a inovação sejam fundamentais, o Brasil enfrenta desafios que limitam seu potencial, como: baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento em relação ao produto interno bruto, falta de infraestrutura adequada e burocracia excessiva, havendo ainda necessidade de maior integração entre academia, empresas e governo.

Focados nesse panorama é que formalizamos, em evento na Fiesp, no último dia 18/12, um relevante arranjo institucional estratégico, entre a Fapesp, USP, Unicamp, Unesp, Fiesp e Senai-SP, para promovermos o desenvolvimento de projetos colaborativos entre a academia e as indústrias paulistas.

Estamos confiantes de que essa parceria entre a USP, Unicamp, Unesp, Fapesp e Senai-SP, nos permitirá criar canais de comunicação entre as nossas instituições e as empresas industriais localizadas em todas as regiões do Estado de São Paulo, de modo a promovermos o empreendedorismo industrial e a cooperação na busca do aumento da competitividade da indústria paulista.

Esse arranjo institucional nos permitirá abrir novos caminhos para ampliarmos a mobilização de conhecimentos entre a Ciência e a Inovação, pois esta se constitui numa relevante estratégia para tornar o Estado de São Paulo ainda mais competitivo no contexto regional e global.

  • Carlos Gilberto Carlotti Junior, reitor da USP
  • Antonio José de Almeida Meirelles, reitor da Unicamp
  • Pasqual Barretti, reitor da Unesp
  • Marco Antonio Zago, presidente da Fapesp
  • Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do CTA da Fapesp
  • Josué Christiano Gomes da Silva, presidente da Fiesp e presidente do conselho regional do Senai-SP
  • Ricardo Figueiredo Terra, diretor regional do Senai-SP

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