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Revoltada, Octogonal protesta neste domingo contra agressão a criança

Organizada por grupo de mães, manifestação ocorre uma semana após um casal agredir menino de 6 anos: pai segurou garoto para o filho bater

atualizado

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Reprodução
agressão octogonal
1 de 1 agressão octogonal - Foto: Reprodução

Às 17h deste domingo (16/12), moradores da AOS 4 se reúnem para repudiar a agressão cometida por um casal e seu filho contra uma criança de apenas 6 anos. A mobilização, a ser realizada na quadra poliesportiva onde o menor foi segurado por um adulto para que levasse um soco de seu filho, foi marcada por um grupo de mães. As organizadoras são moradoras da Octogonal comovidas com o caso e solidárias ao pequeno que apanhou e, depois, ainda foi empurrado pela mãe do outro menino.

O episódio de violência ocorreu há uma semana, no dia 9 de dezembro, enquanto crianças jogavam bola naquele domingo. “Se puderem, usem camiseta branca e levem um cartaz com palavras de gentileza. A intenção é mostrarmos que, na nossa quadra, o que predomina é o respeito, a paz e a tolerância”, diz texto que circula em grupos de redes sociais de moradores.

Veja a agressão:

 

A sequência de violência contra o menino, que visitava uma tia, foi captada pelo circuito interno de segurança do condomínio. As cenas mostram como um garoto tropeçou sozinho ao jogar bola, caiu e bateu a boca no chão. Depois, a mesma criança aparece no colo do pai. O homem põe o filho no chão e atravessa a quadra, até se aproximar do visitante que ali brincava.

O adulto segura os dois braços do pequeno para que seu filho o soque. Depois, ambos saem de cena. Na sequência, a mãe do menino machucado na queda aparece e empurra com as duas mãos o garoto que já havia sido socado. Ele cai no chão e a mulher deixa a quadra. Um vizinho que presenciou o fato socorreu o menor agredido e relatou o caso à tia dele, Jucinea Nascimento. Ela registrou boletim de ocorrência. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente investiga.

As cenas são deprimentes, é estarrecedor ver dois adultos partindo pra cima de uma criança de 6 anos, totalmente indefesa e acuada, vendo meu filho e sobrinhos no canto da quadra chorando, sem saber o que fazer. E o pior, meu sobrinho não tocou na criança que se machucou, foi um acidente normal de um jogo inocente de bola

Jucinea Nascimento, tia do garoto agredido

Arrependimento
Em nota, o advogado Rafael Pitzer, representando o casal acusado da agressão, afirmou que Alexandre Campos de Jesus e Danielle Cavalcanti dos Santos estão “extremamente arrependidos da fatalidade”. No texto, ele reforça que ambos não são violentos, não têm passagem pela polícia ou vida criminosa. “Mas [são] pessoas comuns, pais de família, trabalhadores, cidadãos respeitados, que sempre buscaram dar uma boa educação para seus filhos, pautada no diálogo e respeito para com o próximo”, diz um trecho.

Ainda de acordo com a nota, ao se depararem com o filho de 6 anos com o “rosto deformado”, boca e lábios sangrando muito, Alexandre e Danielle foram informados por testemunhas de que a outra criança teria batido no menino. Segundo o defensor, o garoto não conseguia falar devido aos ferimentos. Por isso, o casal “foi tomado por violenta emoção, que desencadeou na fatalidade”.

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