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Conexão Havana-Brasília: treinador cubano faz boxe olímpico virar moda na UnB

Em uma aula, Alexsey Ramirez chega a comandar 80 atletas, lotando o ginásio do Centro Olímpico da universidade

atualizado

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Gabriel Ramos/Metrópoles
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Se antes o boxe era uma arte marcial voltada para meninos com alguma predisposição à violência, hoje está se tornando um fenômeno entre todos os tipos de públicos. À noite, momento do treino de grande parte dos esportes oferecidos no Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB) – abertos ao público –, o boxe olímpico vem se destacando cada vez mais. É comum encontrar cerca de 80 esportistas usando luvas de boxe ao som do “portunhol” falado pelo cubano Alexsey Ramirez, 45 anos, que desembarcou na capital há seis anos.

Enquanto os jovens brasileiros passam a infância treinando embaixadinhas, os cubanos aprendem a aplicar golpes como jab, direto e gancho – os mais comuns do boxe. Não à toa, Ramirez se tornou uma referência na cidade. Diferente das tristes histórias que encontramos sobre os cubanos que decidem morar no Brasil, Ramirez afirma ter vindo pra cá com o apoio do governo – e sem grandes dificuldades. “A embaixada cubana no Brasil precisava de alguém com experiência em boxe e eu aceitei o desafio”, diz.

Assim, chegou em Manaus (AM) na virada do milênio, em 2000, para trabalhar no Centro Olímpico da Universidade Federal do Amazonas. Após o fechamento do ginásio da instituição, Ramirez soube que a UnB tinha espaço para esse diversas práticas esportivas e resolveu tentar a sorte, se mudando para cá em 2009. “Foi a melhor escolha da minha vida”, diz.

Competição saudável
Há uma pequena, mas essencial, diferença entre o boxe olímpico, dito como amador, e o boxe profissional, que se pratica em competições esportivas. No primeiro caso, a contagem de pontos é feita pela técnica dos golpes aplicados no adversário.

Já o segundo tem sua pontuação determinada também pela força e violência de seus golpes, fazendo dos atletas uma verdadeira máquina de pancadas. “Como os alunos não querem machucar uns aos outros, o treino se dá em um ambiente saudável”, explica Alexandre Teza, 21 anos – que faz aulas com Ramirez há cinco anos.

Muitos vão para a aula com a premissa de emagrecer e ter uma vida mais ativa. Afinal, em 50 minutos de treino é possível emagrecer cerca de 1.000 calorias. Porém, também é comum que os atletas mais dedicados à modalidade sigam para o boxe profissional, posteriormente.

A dedicação do treinador a seus alunos é tanta que ele já conta com quatro atletas sob suas asas competindo em campeonatos nacionais. “Se eles querem seguir carreira no boxe, mostro que podem ser melhores do que eu”, diz o treinador. Um grande feito se considerar que, em 1993, Ramirez se tornou campeão em seu país. Uma promissora carreira se não fosse o fato de que a vocação do boxeador era mesmo treinar jovens interessados por colocar o corpo à luta.

Confira o vídeo que Metrópoles fez sobre a modalidade esportiva:

Serviço:
Boxe Olímpico

Local: Ginásio do Centro Olímpico da Universidade de Brasília

Horários: das 12h às 14h e das 19h às 21h

Data: toda terça-feira, quinta-feira e sexta-feira (neste dia, as aulas ocorrem só de manhã)

Preço: R$ 50,00 a mensalidade e R$ 15,00 a inscrição (paga somente no primeiro mês)

Contato: 8174-7941

Observação: o material deve ser adquirido pelo aluno

 

Foto e vídeo: Gabriel Ramos/Metrópoles

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