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Planaltina recebe a tradicional Festa do Divino Espírito Santo

São 10 dias de manifestação de religiosidade, cultura e tradições populares que resistem a mais de um século e meio

atualizado

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Gabriel Jabur/Agência Brasília
Festa do Divino Espírito Santo de Planaltina – Credito Gabriel Jabur (4)
1 de 1 Festa do Divino Espírito Santo de Planaltina – Credito Gabriel Jabur (4) - Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Planaltina é a região administrativa mais antiga do Distrito Federal e também a que carrega um dos mais tradicionais festejos populares: a Festa do Divino Espírito Santo. São 158 anos de história, perpassando gerações para manter as chamadas “folias de rua e de roça”.

Obedecendo ao calendário religioso, que estabelece as celebrações sempre sete semanas após o domingo de Páscoa, entre esta quinta (10/5) e o dia 20, acontece mais uma edição do evento. O ápice será nos últimos dias, com show de ícones da música Católica (18 e 20) e com o Encontro de Bandeiras, no dia 19.

A expectativa é de que 100 mil participantes, entre fiéis, moradores da região e turistas, acompanhem a programação na cidade quanto na zona rural. Haverá missas, novenas, cavalgadas, procissões, cantorias e ladainhas, além de shows musicais.

O rito
Por volta de 15 dias antes do Domingo de Pentecostes, a cidade se prepara para viver a festa. Postes e árvores são pintados de vermelho e branco, as cores do Divino. Os cavaleiros fazem seus ensaios, sempre marcado com muitos fogos, doces, bolos e salgados, café e bebida, patrocinados pelo eleito Imperador do Divino, que começa seu “ano imperial”.

Nove dias antes do Sábado do Divino (penúltimo das festas) começam as orações conhecidas como Novenas do Espírito Santo. O Imperador queima fogos pelo menos de madrugada, quando há Alvoradas, e depois de cada reza de novena, nas casas de moradores da cidade, já à noite.

Às 6h do sábado, último dia da novena, sai da casa do Mordomo da Bandeira, para o Encontro das Bandeiras, a primeira grande procissão da festa: a da Bandeira. O cortejo segue a banda, que divide o percurso em dois tipos de toques diferentes: durante o deslocamento de um ponto a outro toca dobrados alegres, músicas populares atuais ou outras, regionais e, durante as paradas, executa o hino do Divino, que parte do cortejo costuma cantar.

A unidade (Folia de Rua e de Roça) é selada no Encontro das Bandeiras, evento que reúne mais de 10 mil pessoas na Praça São Sebastião, a partir das 13h, no sábado de Pentecostes, e abarca as Folias de Rua de todas as paróquias e a Folia de Roça, que vem a cavalo das fazendas ao entorno. Nesse dia, um grande almoço é ofertado à comunidade.

No Domingo de Pentecostes a Procissão da Coroa aproxima-se da igreja matriz ao som dos sinos dobrando e do estrondo de vários fogos. O Imperador do Divino e seu cortejo entram pela porta principal e se colocam junto ao altar, de frente para o povo. A seu lado fica sua esposa e ao redor, ocupando toda área do altar, as moças, virgens e outros acompanhantes do cortejo. O padre reza a missa e nela as cantigas cantadas são as tradicionais da festa.

Após esta missa, as pessoas que têm maior afinidade e interesse na festa (os que desejam pagar uma promessa, por exemplo), participam, na sacristia da igreja, do sorteio dos “encargos do Divino” para o ano seguinte.

Folia de Rua
Assim denominadas as celebrações na cidade de Planaltina, tudo começa com as novenas que acontecem em 13 paróquias e capelas, além de 100 casas da região (noveneiros). Durante os nove dias, há missas com rituais diferenciados, como a entrada dos imperadores e foliões de rua.

Este ano, dois grandes shows de música Católica integram a programação na praça São Sebastião. Davidson Silva sobe ao palco em 18 de maio, uma sexta-feira, a partir das 22h. Para encerrar as celebrações da Festa do Divino, o último dia dos festejos (20, um domingo) conta com a voz de Celina Borges.

Folia de Roça
Na zona rural, ou seja, na Folia de Roça, a festa segue por uma dinâmica diferente, sempre com todos paramentados de lenços vermelhos no pescoço e divisa (espécie de broche) nas blusas. A Alvorada, no primeiro dia de folia, é na fazenda do Alferes.

Nos “pousos” (fazendas antifriãs), os foliões jantam, tomam café, assistem às missas pela manhã e almoçam, sempre de forma gratuita, arcada com doações. Nesses pontos, acontecem também as cantorias e ladainhas, um dos maiores símbolos da festa, feitos por instrumentistas, rezadores e foliões antigos. Para mudar de um pouso a outro, seguem as cavalgadas que podem chegar a 25km de distância.

Veja a programação da Folia da Roça

13/5 – 18h – Fazenda São Felipe. Rodovia GO-230 Km 09 a direita, Água Fria de Goiás
14/5 – 13h – Fazenda Bela Vista. Rodovia GO-230 Km 07 a esquerda, Água Fria de Goiás
15/5 – 13h – Fazenda Oliveira. Rodovia GO-230 Km 22 a esquerda, Planaltina de Goiás
16/5 – 13h – Fazenda São Jorge. Rodovia GO-430 Km 27 margem esquerda do Rio Cangalha, Planaltina de Goiás
17/5 – 13h – Fazenda Jequitibá. Rodovia GO-430 Km 08 à esquerda, Planaltina de Goiás
18/5 – 13h – Fazenda Mantiqueira. Rodovia DF-002 Leste Km 3,9, Planaltina-DF

Festa do Divino Espírito Santo de Planaltina
Data: 10 a 20 de maio
Local: Planaltina
Entrada: gratuita
Classificação indicativa: livre

Shows
18/5 – Davidson Silva
20/5 – Celina Borges
Gratuitos, sempre às 22h, na Praça São Sebastião, Planaltina

Encontro das Bandeiras: 19/5

Procissões pela cidade com encontro às 13h na Praça São Sebastião

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