Carros abandonados recolhidos no Paranoá
Caso os proprietários das sucatas não se manifestem, carcaças são levadas para o depósito do Detran
atualizado
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Quatorze carros abandonados ou estacionados de maneira irregular em calçadas e áreas públicas foram recolhidos das ruas do Paranoá. A Operação Carcaça, realizada pela administração regional da região em parceria com o Departamento de Trânsito do DF (Detran), confiscou os veículos. Caso os proprietários queiram recuperá-los, devem apresentar-se na administração para assinar um termo de compromisso.
O objetivo é retirar das ruas os veículos que estão em estado de abandono e que representam risco à saúde pública, pois podem ser focos da dengue ou servir de abrigo para usuários de drogas. Até o fim de julho, 46 pessoas já haviam sido notificadas de irregularidades – 32 delas retiraram os carros espontaneamente.
Os bens recolhidos ficam estacionados em um dos cinco depósitos do órgão: no de Taguatinga, no do Gama, no do Plano Piloto, no do Paranoá, e no da BR-040, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal. Juntos, eles abrigam cerca de 3,6 mil veículos — a capacidade total é de 7 mil, aproximadamente. De janeiro a julho, 14.286 veículos foram apreendidos por motivos diversos — sendo 10.628 liberados. Os que ficaram são aqueles não procurados pelos proprietários e que devem ir a leilão nos próximos meses.
A retirada do depósito só pode ser feita pelo proprietário ou por um procurador legal. É preciso ir à unidade em que o bem está apreendido com a documentação que comprove a posse, como o Documento Único de Transferência (DUT), e quitar as taxas pendentes.
Leilão
Os veículos que ficam nos depósitos por mais de 90 dias são levados a leilão, desde que não tenham restrições, a exemplo das judiciais. Os proprietários são comunicados por carta sobre a possibilidade de retirada antes da venda, e os leilões são informados em edições do Diário Oficial do Distrito Federal e em jornais de grande circulação. Em 2015, já foi feito um processo desse tipo. O próximo está em fase de planejamento. As vendas incluem os veículos que são considerados sucatas e os que ainda têm condições de circular.
Os débitos do bem leiloado são quitados com o valor arrecadado. Caso reste saldo, ele é depositado na conta bancária do ex-proprietário. Se o montante não for suficiente, os devedores poderão ser cobrados por meio de ações judiciais.