Laudo reforça suspeita de que pit bull tenha sofrido violência sexual
Documento assinado por uma veterinária afirma ainda que o animal sofreu várias lesões e “não era tratado de forma adequada”
atualizado
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Um documento assinado pela veterinária Celina Fonseca, ao qual o Metrópoles teve acesso, reforça a tese de protetores de animais de que a pit bull Natasha sofreu algum tipo de abuso sexual feito pelo dono. O laudo do exame clínico afirma que “a parte interna da vulva encontrava-se de coloração roxa, indicando que houve penetração”. O documento diz ainda que a cadela está com vaginite, uma inflamação dos tecidos da vagina.
No último fim de semana, protetores de diversas ONGs do Distrito Federal foram chamados por moradores de um edifício no Núcleo Bandeirante. Eles denunciaram que a cachorra seria agredida frequentemente pelo dono e suspeitavam ainda que o animal era violentado sexualmente. O caso foi parar na delegacia e, na segunda-feira (31/10), a Justiça autorizou o resgate da cachorra, que foi levada à veterinária.
A reportagem tentou contato com Uysses Silva Monteiro, dono da pit bull, que não atendeu as ligações. Na segunda (30), à reportagem, ele negou que tenha agredido ou violentado sexualmente a cadela.
“O nome dela é Natasha. Eu a comprei por R$ 300 de um carroceiro que a maltratava, há dois anos. Desde então, eu cuido dela com carinho. Os vizinhos não gostam de mim, por isso e me caluniaram”, afirmou.
No entanto, vizinhos de Ulysses e funcionários de edifícios da região contestam essa versão. O vigia de um prédio relatou ao Metrópoles já ter visto o dono chutando e até mesmo atirando pedras em Natasha. Uma vizinha disse que eram constantes os ruídos de pancadas, choros e uivos da cadela vindos do apartamento do autônomo.