Dono nega agressões e diz que pit bull está com câncer
Morador do Núcleo Bandeirante refuta acusações de maus-tratos. Mas vizinhos relatam que já o viram chutando e jogando pedras em Natasha
atualizado
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Ulysses Silva Monteiro, 44 anos, dono da pit bull suspeita de sofrer maus-tratos no Núcleo Bandeirante, conversou com o Metrópoles na tarde desta segunda-feira (31/10) e contou a sua versão do caso. Ele negou que tenha agredido ou violentado sexualmente a cadela, conforme acusações de entidades protetoras dos animais.
“O nome dela é Natasha. Eu a comprei por R$ 300 de um carroceiro que a maltratava, há dois anos. Desde então, eu cuido dela com carinho. Os vizinhos não gostam de mim por isso e me caluniaram”, afirma o autônomo.
Após ONGs acionarem o Ministério Público, a Justiça determinou, nesta segunda (31), que Natasha fosse resgatada. A cadela foi levada ao veterinário Victor Gabriel dos Reis. Segundo o especialista, ainda é cedo para afirmar se a pit bull era espancada. “Ela tem um nódulo no baço e na mama. Vamos fazer uma cirurgia para ver se é câncer. Há outros exames sendo realizados”, explicou.
Moradores contestam explicações
Vizinhos de Ulysses e funcionários de edifícios da região ouvidos pela reportagem contestam a versão do autônomo. O vigia de um prédio relatou ao Metrópoles já ter visto o autônomo chutando e até mesmo atirando pedras em Natasha. Uma vizinha disse que são constantes os ruídos de pancadas, choros e uivos da cadela vindos do apartamento do autônomo.
Devido às denúncias, ONGs protetoras dos animais acionaram o Batalhão de Polícia Militar Ambiental, que levou o homem e a cadela à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) no sábado (29/10). No entanto, Ulysses foi liberado e voltou para casa no mesmo dia, com Natasha.
Após ser resgatada devido à ordem judicial, Natasha deverá ficar em um lar temporário. Ulysses, no entanto, disse que tentará recuperar a guarda da pit bull na Justiça.