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Aumenta o número de moradores do Núcleo Bandeirante com diploma de ensino superior

Segundo pesquisa da Codeplan, houve acréscimo de 2,59 pontos porcentuais de 2013 para 2015 entre moradores com diploma. Posse de bens da população também subiu

atualizado

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1 de 1 130815DFnucleobandeirante016 (1) - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A população com ensino superior completo no Núcleo Bandeirante chegou a 20,6% em 2015. O número é 2,59 pontos porcentuais maior que o medido em 2013. Dos moradores de 18 a 25 anos, 46% estudam. Desses, 36% fazem alguma faculdade. Os dados são da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) divulgada na tarde desta quarta-feira (17/2) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).

A região que abrigou pioneiros de Brasília na década de 1960 tem atualmente 8.330 domicílios urbanos, com predominância de casas e apartamentos. Todos eles contam com abastecimento de água e fornecimento de energia elétrica, e 98% são atendidos com iluminação pública. Em 95% das residências visitadas durante a pesquisa, existe infraestrutura de ruas asfaltadas, meios-fios e calçadas, além de rede geral de esgoto.

O Núcleo Bandeirante tem população urbana estimada em 25.072 habitantes. Em 2013, data da última Pdad, 23.714 pessoas moravam na região. Mais da metade (50,91%) encontra-se na faixa etária de 25 a 59 anos. Crianças de até 14 anos somam 17%, e os idosos representam 16%. A maioria da população (53,49%) é constituída por mulheres.

Renda e trabalho
A renda domiciliar mensal apurada na localidade, de R$ 5.226,97, é considerada média baixa pela Codeplan. A per capita é de R$ 1.842,38. Segundo a Pdad, a posse de bens da população subiu significativamente em 2015: 73,60% dos domicílios têm pelo menos um automóvel; em 2013, esse número era de 66,80%. A quantidade de residências com TV por assinatura também é maior. Passou de 44,40% em 2013 para 59,20% em 2015.

Dos moradores do Núcleo Bandeirante, 32,03% trabalham na própria região. Outros 40,73% atuam no Plano Piloto. Os trabalhadores desempenham atividades predominantemente no comércio (35,70%), na administração pública (21,72%) e em serviços gerais (13,57%). A construção civil representa 2% dos empregos.

História
O Núcleo Bandeirante constitui um dos principais núcleos de povoamento do DF anteriores à inauguração de Brasília. A região chamava-se Cidade Livre, porque o governo permitiu que os comerciantes ficassem isentos do pagamento de impostos.

Em 1956, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) construiu as principais avenidas da então Cidade Livre. O local estava destinado a ter uso exclusivamente comercial — por isso, não eram fornecidos alvarás para residências — e temporário: a existência estaria limitada ao período da construção de Brasília, até 1960.

Com a inauguração da capital, os comerciantes foram transferidos, mas os moradores reivindicaram a fixação. Em 1961, toda a área foi batizada de Núcleo Bandeirante e, em 1989, tornou-se região administrativa.

De acordo com a Pdad 2015, 54,35% dos moradores são imigrantes. Desse total, 48,16% são naturais do Nordeste; 29,08%, do Sudeste; 14,19%, do Centro-Oeste (menos o Distrito Federal); 5,02%, do Norte; e 1,47%, do Sul.

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