Moradores reclamam de instalação de torre de telefonia no Lago Sul
Segundo associação de moradores, o GDF e a Claro resolveram instalar o equipamento sem consultar ninguém. Eles temem pela saúde e acreditam que a torre poderá causar interferência em equipamentos eletrônicos
atualizado
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Nos últimos alguns dias, a paisagem da QL 12 do Lago Sul mudou. O verde do Conjunto 10 deu lugar a uma pequena obra que vem revoltando os moradores do lugar. Uma antena de telefonia móvel, de 25m, está sendo instalada na área. Mas, apesar da nova obra ter autorização da Secretaria de Estado de Gestão do Território e Habitação (Segeth), os moradores reclamam que não foram consultados.
Ninguém se quer falou comigo. Eu estava viajando e, quando voltei, essa obra estava aqui, ao lado da minha casa. A comunidade foi ignorada, não foi consultada
Reginaldo Loureiro, professor
Segundo os moradores, o problema vai além da questão estética: eles temem pela saúde de quem vive na região. “Todos nós sabemos que não há estudos que comprovem os reais danos à saúde da irradiação dessas antenas. Sem contar que isso interferirá nos equipamentos eletrônicos aqui da região. Há uns anos, eles já tinham tentando instalar essa antena aqui e nós barramos, mas agora ninguém nos ouviu”, declarou Marcos Coelho, presidente da Associação de Moradores da QL12.
Já os moradores dizem que o Governo do Distrito Federal está ignorando a população e que o acerto com a Claro Telefonia não está claro. “Nós tivemos uma reunião na quinta (2/6), na Secretaria de Gestão do Território e Habitação e eles não responderam nossas perguntas. Não deram explicação sobre por que essa antena será instalada logo aqui, no nosso quintal, onde não há tanto uso de celular assim. Foi mais uma decisão unilateral que a gente vai ser obrigado a engolir. Eu perguntei, por exemplo, se a empresa está pagando para usar essa área, que é pública, e eles gaguejaram”, conta Marcos Coelho.
“A legislação proíbe, por exemplo, antenas desse tipo perto de escolas, justamente porque há riscos para a saúde de crianças. Quem garante que não causará problemas às crianças que moram aqui e para os demais moradores?”, questiona o professor Reginaldo Loureiro.