Brasiliense faz vídeo de larvas em pacote de linguiça, no Big Box

Um vídeo com larvas dentro de um pacote de linguiça defumada, à venda em um supermercado da capital, circula na internet. O caso ocorreu na unidade da QI 9 do Big Box no Lago Norte. A rede do Distrito Federal já teve um caso parecido. Recentemente, foram encontrados pães com larvas sendo vendidos em Águas Claras.

No vídeo, é possível perceber os animais se mexendo na embalagem, bem próximos ao rótulo, que indica validade até 16 de março. O autor das imagens, que preferiu não se identificar, afirma ter comparecido ao supermercado em 12 de março, mas desistiu de levar o produto após perceber as larvas e fazer o vídeo. Ele não chegou a conversar com nenhum funcionário do mercado sobre o problema.

 

Em resposta ao caso, o Big Box alega não ter recebido nenhuma reclamação na data da filmagem. Diz que “nada desta natureza ocorreu em 27 anos de operação”. A direção destaca ainda a atuação constante da fiscalização dos órgãos competentes.

Irregularidades nos estabelecimentos comerciais podem ser denunciadas por meio da ouvidoria do Governo do Distrito Federal (GDF), que aciona a Vigilância Sanitária para conferir esse tipo de situação.

Águas Claras
Responsável pelo controle de qualidade da unidade de Águas Claras, onde larvas foram encontradas em pães neste fim de semana, Hildethe Milhomens acredita que o caso foi um “fato isolado e maximizado na internet”. Ela destaca que “os procedimentos são completamente rigorosos” e diz que não tem “receio de ser notificada pela Vigilância Sanitária”.

Segundo Hildethe, a unidade recebe visita mensal da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e bimestral da Divisa–DF (Diretoria de Vigilância Sanitária), responsáveis por inspecionar os produtos nos estabelecimentos.

O gerente de alimentos da Divisão da Vigilância Sanitária do DF (Divisa), André Godoy, informa o que pode levar um produto dentro da validade a ter larvas. “Mal acondicionamento; temperatura inadequada; presunto, queijo ou carne, por exemplo, fora de refrigeração e sem proteção para evitar contato de insetos que deixam suas larvas estão entre os motivos”, enumera. “Ou seja, descontrole de higiene e armazenamento, uma falha grosseira, que constitui infração sanitária”, acrescenta.

Segundo Godoy, estabelecimentos com esse tipo de problema estão sujeitos a penalidades que vão de apreensão, interdição do local a multa. Ele afirmou que um técnico da Divisa-DF irá às unidades do Big Box do Lago Norte e de Águas Claras verificar as condições de armazenamento dos produtos.

Confira a nota oficial do Big Box sobre o caso da linguiça no Lago Norte:

“Não tivemos nenhuma reclamação neste período em que foi realizada a filmagem. Verificamos todo o nosso estoque e não foi encontrado nenhum problema similar. Inclusive, em 27 anos de história e operação, lembramos que nada desta natureza ocorreu. Lembramos também que somos fiscalizados constantemente pelos órgãos responsáveis pela fiscalização de alimentos. E que estamos sempre em conformidade com as normas. Nosso objetivo é sempre garantir a satisfação do cliente.”

Fábio Costa, gerente administrativo da rede Big Box