Advogada acusa vizinho de matar macaco a tiros no Lago Norte
Um dos saguis morreu, outro fugiu após ser atingido no braço nesta terça-feira (1°/5)
atualizado
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Dois saguis foram encontrados baleados no jardim da casa de uma moradora do Lago Norte na manhã desta terça-feira (1º/5). Um dos animais, ferido no abdômen, caiu morto do muro que separa a casa da advogada Andrea Vasquez Valadão do vizinho dos fundos. O outro primata levou um tiro no braço e fugiu pelo telhado.
Andrea diz que sempre ouve barulho de tiros de arma de pressão vindo da casa dos fundos, localizada na QL 13 do Lago Norte. “Nos feriados e fins de semana, a gente sempre ouve barulho de alguém atirando. Hoje, eu estava assistindo aos saguis no muro e no telhado da minha casa quando vi que um deles caiu morto no meu jardim. Cheguei perto do muro e comecei a gritar para ver se ele parava, mas a pessoa que faz isso já tem a certeza de que nada vai acontecer com ele”, lamenta.
Por volta das 17h30, a divisão ambiental da PM foi até o local, mas não chegou a abordar nenhum morador da casa suspeita de efetuar os disparos. Os policiais acompanharam a advogada até à 6ª DP (Paranoá) para o registro da ocorrência. A perícia no local ainda será marcada para apurar as causas da morte dos saguis e de onde vieram os tiros.
Estudos
No último domingo (29/4), uma equipe de veterinários da Universidade de Brasília (UnB) foi à casa da advogada coletar amostras de sangue dos animais a fim de verificar a presença de doenças contagiosas. “Estávamos viajando, mas eles ficaram na minha casa e fizeram vários estudos. E hoje presenciamos essa situação horrível”, conta.
Um desses veterinários se prontificou a atender o macaco ferido, mas não foi possível capturá-lo para que o procedimento fosse feito. “Quando a gente tentou pegá-lo, ele subiu no telhado, com medo”.
Segundo Guilherme Mazocante, participante da pesquisa com os saguis no Lago Norte, exames foram feitos para identificar se há enfermidades transmissíveis para humanos. “Verificamos se havia presença de todas as doenças possíveis: dengue, zika, chikungunya, febre amarela, hepatite e herpes”, disse Mazocante. Segundo o especialista, os resultados devem sair nas próximas semanas.
O Metrópoles tentou ouvir os moradores da casa de onde os tiros teriam partido, mas não conseguiu contato.