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Adolescente com retardo mental é apreendido com faca em escola

Jovem de 15 anos teria levado o item a pedido dos colegas, segundo a mãe. Ele foi encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente e liberado em seguida

atualizado

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Delegacia da Criança e do Adolescente
1 de 1 Delegacia da Criança e do Adolescente - Foto: Reprodução/Google Street View

A mãe de um aluno do Centro Educacional 3 do Guará recorreu às redes sociais nesta terça-feira (19/7) para relatar o que ocorreu com o filho de 15 anos na semana passada. Segundo a aposentada Rosângela Mara de Melo, de 34 anos, o rapaz foi encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) após levar uma faca para o colégio e mostrá-la aos amigos. A postura da escola, segundo Rosângela, não foi correta.

“Meu filho é especial. Ele precisa de acompanhamento psicológico e é facilmente manipulado. Um laudo médico comprova o estado dele, e a escola tem ciência da situação”, contou Rosângela ao Metrópoles. De acordo com a mãe, a família tem em casa uma faca semelhante à utilizada no filme “Rambo”. Colegas do jovem teriam descoberto sobre o item e pedido que ele o levasse para a escola, disse ela.

No momento em que o adolescente tirou a faca da mochila para mostrá-la aos amigos, funcionários do local teriam acionado a Polícia Militar. “O colégio deveria ter aguardado a chegada dos pais e chamado o Conselho Tutelar, e não a polícia”, desabafou Rosângela. “Ele foi levado e não explicaram aos policiais que ele era especial”, continuou.

De acordo com a ocorrência registrada na DCA, a diretora da escola teria classificado a faca como “muito grande e intimidadora” e dito que, por isso, ligou para as autoridades. Em depoimento à Polícia Civil, o adolescente, que não responde judicialmente por si devido à própria condição, teria afirmado que a faca pertencia a seu pai, mas contradisse a versão da mãe de que só queria mostrá-la aos colegas. Segundo informações repassadas pela Divisão de Comunicação (Divicom), ele a teria levado para a escola para se defender de um desafeto.

Rosângela informou que o filho foi liberado quando um tio chegou à delegacia e explicou a situação aos policiais. O adolescente assinou um termo de liberação e a ocorrência foi registrada como ato infracional análogo ao crime de porte de arma branca.

Secretaria de Educação
Por meio nota, a Secretaria de Educação contestou as informações passadas pela mãe do aluno. Segundo a pasta, “na ocasião, a avó do aluno solicitou que a situação fosse resolvida da maneira que a escola considerasse adequada”. Por essa razão a PM foi acionada. “A pasta esclarece que a medida de acionar primeiramente os responsáveis por alunos envolvidos em brigas ou situações como a ocorrida na última sexta-feira é padrão nas escolas da rede pública e tem como propósito garantir o diálogo com a família no sentido de buscar a melhor alternativa para resolver o problema em questão.”

A Secretaria de Educação ressalta que, “após o episódio, a equipe gestora do Centro Educacional 3 convocou novamente os responsáveis pelo estudante para uma reunião na escola. Entretanto, ninguém compareceu até o momento”.

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