Zona do Euro evita recessão com crescimento inesperado no fim de 2022
PIB do bloco avançou 0,1% no último trimestre do ano passado, superando expectativa de queda de 0,1%
atualizado
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A Zona do Euro evitou uma recessão ao registrar um crescimento inesperado nos últimos três meses de 2022. Isso após a elevação de custos de energia, a queda da confiança generalizada e o aumento dos juros terem afetado a economia do bloco. A informação consta de dados divulgados nesta terça-feira (31/1) pelo Eurostat, órgão que reúne estatísticas sobre a União Europeia (UE).
O Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro cresceu 0,1% no quarto trimestre, superando as expectativas de queda de 0,1%. Em relação ao ano anterior, ou seja, 2021, o crescimento foi de 1,9%, número que também ficou acima da projeção prévia de 1,8%.
Entre os maiores países do bloco, a Alemanha e a Itália registraram taxas negativas de crescimento no trimestre. Mas a França e a Espanha avançaram, mostrou o Eurostat, com base em uma análise preliminar, ainda sujeita a revisões.
A guerra de quase um ano da Rússia na Ucrânia custou caro para a Zona do Euro, que alcança 350 milhões de pessoas em 20 países. A alta dos preços do petróleo e do gás esgotou a poupança dessas nações e reteve o investimento. Ao mesmo tempo, forçou o Banco Central Europeu (BCE) a elevar os juros a patamares sem precedentes para conter a inflação.
A economia, contudo, mostrou uma resiliência surpreendente, assim como ocorreu durante a propagação da Covid-19. Na ocasião, o crescimento superou as expectativas à medida que as empresas se ajustavam às circunstâncias impostas pela pandemia.