Vibra recusa fusão com Eneva, que criaria gigante de R$ 50 bilhões
Empresa divulgou fato relevante ao mercado, afirmando que termos da proposta não têm qualquer atratividade para a companhia
atualizado
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A Vibra Energia, a antiga BR Distribuidora, rejeitou, nesta terça-feira (28/11), a proposta de fusão feita pela Eneva, no domingo (26/11). A justificativa para a recusa foi que o conselho de administração da companhia considerou “a relação de troca indicada como injustificável”. Se fosse confirmada, a união resultaria numa empresa avaliada em R$ 50 bilhões, a terceira maior do setor de energia do país, atrás somente da Petrobras e da Eletrobras.
Em fato relevante, afirmou a Vibra: “Fica evidente que os termos de troca propostos para a combinação pretendida pela Eneva não possuem qualquer atratividade para os acionistas da Vibra”.
Durante o fim de semana, a Eneva enviou uma carta à Vibra, cujo foco é a distribuição de combustíveis, propondo a fusão. Pela proposta, as duas teriam a mesma participação na nova companhia a ser formada.
A Vibra, no entanto, considerou que as “eventuais sinergias indicadas” foram baseadas na solidez da sua própria estrutura de capital e base única de clientes. A companhia também indicou a necessidade de maiores esclarecimentos sobre o modelo de governança que seria adotado pela empresa que resultaria da fusão.
Mesmo assim, a Vibra ponderou no comunicado que estará atenta a uma eventual nova manifestação da Eneva. Isso “caso seja de seu interesse melhorar significativamente os termos apresentados, detalhando elementos necessários para o bom entendimento de uma eventual nova proposta de combinação”.